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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

"...amo-te como só eu sei..."


5 Facadas, 5rosas, 5 letras, 5 lamúrias, 5 perdões, 5 desculpas, 5 lágrimas, 5 sorrisos, 5 ruas sombrias, 5 fracassos, 5 sentimentos… 5 dias, 5 horas, 5 minutos, 5 anos, 5 meses, 5 décadas, 5 segundos… Foi o que bastou, o que bastou para te ires embora, para longe de mim. Permanecerá um sentimento enorme por ti, sempre! Adeus, até um dia, até ao dia em que voltarás, e eu estarei de braços abertos pronta para te receber. Farás sempre parte de mim, serás sempre mais de metade de mim, tu completas-me e nada mais posso dizer em relação a isso. Amo-te como só eu sei, como só eu consigo, como só Tu sabes que eu amo. Amo-te inexplicavelmente, com tudo o que tenho.

Serei tua até (…) morrer.


"I miss you, miss you so bad
I don't forget you, oh it's so sad
I hope you can hear me
I remember it clearly

The day you slipped away
Was the day I found it won't be the same"


Vodka Morango

sábado, 27 de novembro de 2010

dia após dia

Quando acordo, todos os dias, dou aquele sorriso falso e digo para toda a gente "sim, estou bem", só para não ter que ouvir pela centésima vez "o que se passa?" e não ter que explicar pela milésima vez o que se passa. Mas no entanto estou a dar em doida com tanta saudade cravada em mim. Todos os dias uso o riso como anestesia, mas como todas as outras anestesias, esta acaba e à noite volto a relembrar tudo, ao mais ínfimo pormenor, de tudo, de tudo o que se passou entre nós,e nesse mesmo instante volto a estar devastada, arrasada, volto a cair na verdadeira realidade...

Vodka Morango

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Fuck you for everything (b)

Fuck you for giving up on me. Fuck you for making me cry. Fuck you for breaking your promises. Fuck you for being such a player. Fuck you for not caring. Fuck you for all the nights I cried myself to sleep. Fuck you for leaving, along with my happiness. Fuck you for wasting my time. Fuck you for being on my mind all the time. Fuck you for giving me mixed signals. Fuck you for making me fall for you. Fuck you for making me believe in your empty promises. Fuck you, because no matter how much you hurt me, I’m still here & I still love you.

Vodka Morango

domingo, 7 de novembro de 2010

Amor Com Amor e Sem Amor

Com a minha alma toda sobreposta neste texto, digo-te que ninguém te amou, ama ou amará algum dia, mais do que eu te amo, disso podes ter a certeza. Sinto-me completamente vazia, aos poucos e poucos foram arrancando-me bocados do coração, uns maiores outros menores, mas foi o suficiente para me deixarem devastada… Só precisava de ti, de te ter comigo para puder voltar a estar completa, bastava isso, para ser de novo eu! Lembrar-me de tudo o que passamos faz-me chorar, não de tristeza, mas sim de felicidade porque fui amada como nunca antes havia sido. Mas acabou e eu só tenho que aceitar isto tal e qual como é, não há nada a fazer… Foi pena ter terminado assim, desta maneira. Amo-te como nunca vou amar ninguém. Foste, és e sempre serás a pessoa que mais feliz me fez e a mais importante da minha vida. Continuas (ainda) a fazer parte de mim, a ser metade de mim. Volta por favor…


Vodka Morango

sábado, 16 de outubro de 2010

We don't sell our souls but we can still make a good deal don't you think?

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Perdi-te, perdi tudo aquilo que temia perder, perdi a pessoa que menos esperava perder. O mundo anda sempre em constante mudança e cada coisa entre nós foi perdendo o encanto. Construíram-se memórias de tempos passados, dissiparam-se sentimentos, um turbilhão de acontecimentos deixou-me devastada e com enumeras saudades tuas. Um dia perceberás a falta que me conferes e o quanto me fazias sentir bem, só tu o sabias fazer.
Amo-te de uma maneira inexplicável, de uma maneira tão diferente que até para mim é novidade. Eu simplesmente só consigo pronunciar amo-te e volta.
Se ao menos soubesses o medo que sempre tive em perder-te, e o quanto te desejaria ter só mais uma vez, só mais uma..

Vodka Morango

sábado, 25 de setembro de 2010

In Joy and Sorrow





Oh girl we are the same
We are young and lost and so afraid
There's no cure for the pain
No shelter from the rain
All our prayers seem to fail

In joy and sorrow my home's in your arms
In world so hollow
It is breaking my heart
In joy and sorrow my home's in your amrs
In world so hollow
It is breaking my heart

Oh girl we are the same
We are strong and blessed and so brave
With souls to be saved
And faith regained
All our tears wipe away

In joy and sorrow my home's in your arms
In world so hollow
It is breaking my heart
In joy and sorrow my home's in your arms
In world so hollow
It is breaking my heart

In joy and sorrow my home's in your arms
In world so hollow
It is breaking my heart
In joy and sorrow my home's in your arms
In world so hollow
It is breaking my heart

My home is in your arms
And it is breaking my heart
My home is in your arms
And it is breaking my heart


Vodka Morango

domingo, 22 de agosto de 2010

Férias!


A Vodka Morango e a Vodka Limão acabaram as suas férias em Moledo. Pela primeira vez em 19827409832740 anos, estiveram juntas um monte de vezes. Ambas pedi-mos desculpa pela ausência neste último mês, mas como podem ter reparado estávamos em Vacances.

sábado, 31 de julho de 2010

Tu regressas


Tu regressas, todos os dias. Há muito que construo uma imagem irreal, tua. Eu já nem sei quem tu és. Tão menos sei quem fui contigo. Vá, ao menos traz-me essas palavras não-tuas. Concede-me a tua voz, por um bocadinho. Há tanto tempo que não a sinto.

Vodka Limão
hoje, a vodka morango, enquanto pedia um mcflurry para ela, viu, por acaso, a vodka limão mesmo a seu lado, a pedir a tabela nutricional dos produtos do mcdonald's e foi um momento... hilariante.

?

Navegante da Lua !

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Vês a minha mão a voar contra a tua cara?

Vai-te lixar, que és um egoísta que me lancetaste o coração. E deixaste a nossa ligação ir escorrendo dele e eu a sufocar a cada dia que deixavas para trás. Eu sentia a nossa amizade despedaçar-se na tua mão e o sufoco era maior quando me lembrava do teu contentamento em contraste com o corte húmido que deixaste no meu peito. Facilmente tratei do sufoco. Pouco de ti já me lembrava. Mas o corte, embora já pequeno, continuava lá, no seu esconderijo matreiro. Lá fiquei em paz, sem ti. E agora descubro que afinal esse teu aparente bem-estar não correspondia assim tanto à realidade e tu, no entanto, guardavas-te para ti próprio e interpretavas o teu papel de teatro do mundo feliz. Foi por mim, dizes tu, for por mim que me afastei. Nunca, meu ignóbil, alguma vez pensaste em quem alguma vez tocaste na vida e em quem cativaste? Nunca, no mundo que gira à tua volta, te lembraste dos que deixaste para trás?
Sabes, agora por mim digo-te: vai para o caralho que te foda e deixa-me em paz.

Vodka Limão
(este é um texto que se dirige a um destinatário completamente diferente dos textos anteriores e, espero, dos textos seguintes. um texto que surgiu por acaso, um pequeno à parte)

Devaneios Mentais (Parte II)

Jean tinha acabado de saber que tinha um simples dia de vida, estava tanto assustada como sozinha.. Mas por outro lado feliz, porque sabia que uma simples doença tinha acabado com a vida de sofrimento dela.
Resolveu ir à praia, ver o pôr-do-sol, ouvir as gaivotas, o ribombar das ondas. Era aquele sítio que procurava sempre que estava em baixo, como sempre sozinha. Considerava-a uma das suas melhores amigas.
Naquele momento Jean precisava de um ombro amigo, de uma palavra, nem que fosse de uma pequena palavra, de um abraço ou uma lágrima. Mas não, parecia que tudo era mais importante do que o que ela estava a passar naquele momento (...)
Mas ia sentir tanta falta das pessoas que mais gostava. Então, decidiu escrever uma carta de despedida.. Podia não ser significante para ninguém, mas amava-os a todos, eram os seus melhores amigos.

"Não me estou a imaginar sem todos vocês, foram, são e sempre serão importantes para mim, tornaram-se os meus melhores amigos, os que me fizeram sorrir, o que me apoiaram..
Como irá ser daqui para a frente? O sol escurecerá, o céu azul e brilhante tornar-se-à cinzento e triste. Os meus olhos irão fechar-se para a vida, o meu coração vai parar de palpitar, o meu sorriso vai morrer.
O escuro, as paredes e a tristeza vão tornar-se os meus melhores amigos, porque sem vocês eu não sou nada, está a ser tão difícil, tão agonizante. As lágrimas escorrem-me cara abaixo e a única coisa que consigo pronunciar é "Gosto muito de vocês".
Não me deixem, voltem, preciso tanto de vocês neste momento, vocês foram a melhor coisa que me aconteceu estes últimos tempos.
A ti Paul, não vou deixar palavras bonitas, tu sabes o que és para mim, o quanto significas para mim. Quero que saibas que só te quero ver bem e feliz. Amo-te de uma maneira especial, doce e ternurenta.
Cada uma à sua maneira construiu o seu castelo no meu coração, tornaram-se mais que importantes para mim... Amo-vos do fundo do meu ser, amo-vos mais do que me amo a mim própria. Quando se lembrarem do passado, lembrem-se de mim.

Jean"

Passaram-se horas afim, Jean começou a ver tudo à roda, já não sentia o seu corpo. Estava na hora da partida, nada podia fazer para viver. Foi esse o seu fim, o seu triste fim.
A última palavra que se soltou da sua boca foi "Adeus".

Vodka Morango

"I give you all my oxygen so let the flames begin"


E quando recomeçam? O oxigénio está a cessar, a cada dia cinzento que deixas passar sem te lembrares do meu nome. Já nem sei o que é este fogo interior que está a consumir o meu ventre. Raios para ti.
Vodka Limão

terça-feira, 27 de julho de 2010

Devaneios Mentais (Parte I)

Numa noite escura e triste vi que estava tudo perdido, o mundo acabado, completamente em ruínas... Aos poucos estava a perder noção das coisas, a noção de que estaria a perder pessoas que realmente eram importantes para mim. Resolvi ir descansar um pouco, pois o dia tinha sido doloroso.
O que se havia passado? Onde me encontrava? Via paredes pretas e uma luz extremamente brilhante ao fundo, uma calma melodia e uns homens assustadores que pronunciavam o meu nome vezes sem conta numa voz cavernosa. Começava a sentir um arrepio de medo, a cor da minha pele tornara-se pálida, as mãos tremiam sem parar, estava completamente gelada.
Parecia que todos os sentimentos que habitavam dentro de mim haviam fugido daquele lugar, estava completamente sozinha e vazia. Num instante a seguir de todos aqueles pensamentos percorrerem a minha frágil mente, apareceu uma menina, toda ela transmitia alegria. Perguntei-lhe que lugar era aquele tão obscuro, ou que caminho estava a levar. A resposta dela não me trouxe nem um pouco de alegria, muito pelo contrário, cravou-me na face uma expressão de horror. A rapariga pronunciou com todas as palavras que era "O caminha para a morte", continuei sem pensar, deixei-me levar, pois se caminha-se para trás certamente não encontraria a saída, por isso, deixei-me ir.
Via as pessoas rirem-se da minha morte, parecia algo surreal, que não estava a acontecer, mas todas elas esboçavam um sorriso bem grande, eles todos parecia tão feliz com tal acontecimento.
Passado um tempo senti-me sozinha, tão sozinha, que nem a minha própria alma me conferia aconchego algum.
Tinha saudades das pessoas que amava, sabia que tinha deixado uma vida por lutar, uma vida onde poderia perfeitamente ser feliz, mas não, preferi ser fraca e desistir, fraca por seguir o caminho mais fácil. Julgava-me tão fraca que nem eu me desculpava por isso.
Acordei, afinal tudo o que se havia passado não tinha sido mais um terrível sonho, um sonho que me abriu os olhos, que me mostrou que tinha uma vida, tinha pessoas que me diziam muito e acima de tudo tinha uma felicidade enorme para conquistar.

Vodka Morango

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Danças e... contradanças.


És tu que me moves o vestido sobre o corpo. Rodopias-me pelo salão de marfim e a música entranha-se em nós como água que, lentamente, corrói a sede. Trazes-me essa dança hipnótica e escondes-te por detrás da máscara. Espera, somos os dois. Somos os dois que nos escondemos por detrás das feéricas máscaras.
Tem de ser mais do que um simples reencontro nosso. Pergunto-me porque ainda o permito. Teria bastado o coração despedaçado a que viraste as costas à largos anos... e, agora, trazes-me uma dança? Como não consegui resistir à tua cruel indecisão de regressar?
Percorro o teu olhar derretido. Estás de volta. És tu. És tu e o teu remorso.
Mas, por momentos, algo desponta na profusão dos meus cabelos. Dor? Há uma dor que cerca a minha mente. Os meus dedos escorregam pelo tecido do teu fato, os joelhos cedem à escuridão. As pálpebras, por fim, unem-se. Tu seguras-me no teu regaço. Manténs os olhos fixos no gelo do meu rosto e algo de um sentimento intenso desliza no teu rosto e cai em forma de lágrima sobre o meu coração inconsciente.
E agora, quando começa a contradança?
Vodka Limão

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Teatro

Arranquei a máscara, arranquei o vestido, parei com a peça de teatro em que faziamos de actores principais, e caminhei para bem longe daquele lugar, que só me trazia recordações tuas, para que pudesse recomeçar outra peça com alguém que me merecesse de verdade. Um dia irás assistir às minhas peças e às transformações que nelas existem, e talvez aí darás valor às que escrevemos e ensena-mos juntos. Mas no fim lembra-te, nunca mais voltarei para ti, fazes parte dum passado bem enterrado, e neste momentos tenho a pessoa que me faz sentir viva e extremamente feliz a meu lado!


Vodka Mornango

domingo, 18 de julho de 2010

F-R-A-C-A !

(...) E quando a dor é o sentimento mais forte que corroi a alma, quando somos totalmente asfixiados por esse doce veneno, que é a mágoa, já nada nos consegue ajudar. Sinto o meu coração a bater a mil à hora, sinto a minha ofegante respiração, sinto as minhas pernas a tremer de tanto peso que transportam. Acho que chegou a hora de desistir, não estou preparada para outra longa e cansativa caminhada, tal qual esta tem sido.. Peço desculpa a todos por desistir, mas por muito que procure, infelizmente, não vejo outra solução viável.


Vodka Morango

sexta-feira, 9 de julho de 2010

R.

They come and go. You came and stayed.

I want you to stay by my side forever.
I trust you, I know you trust me too.
I Love You.
(L)


Vodka Morango

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Liberta a Tua Alma

Não tenhas medo de exprimir aquilo que te vai na alma. Liberta-te, faz-te mostrar aos outros que és capaz de ser diferente! Há sentimentos que não se consegue guardar, e temos mesmo de explodir, se fores um caso desses, explode e escreve o que te fizer sentir melhor, uma pessoa mudada.

Vodka Morango

sábado, 3 de julho de 2010

Agarra-me, prende-me, faz-me ficar


Vem arrancar-me o coração e leva-lo contigo, para bem longe.. Leva-o, é todo teu!
Assim, terei a certeza de que estarei sempre a teu lado. És o seu dono, agora podes fazer dele o que te passar na cabeça. Amarra-o ao teu, junta os dois para ficarem um só. Qualquer que seja a escolha, sei que será a escolha mais acertada, eu confio em ti. Sela este sentimento com correntes, cordas, mas sela-o bem, não o deixes escapar por entre os teus dedos, como água que escorre duma catarata. Se sentires que está a fugir volta a agarra-lo, volta a amarra-lo ainda com mais força do que fizeste da primeira vez. Mantém-no bem junto a ti, eu prometo que farei o mesmo!
Amo-te.

Vodka Morango

quarta-feira, 16 de junho de 2010

EXAMEEE !


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DEI EM MALUCA, VOLTO CÁ QUANDO ME CURAR!

Vodka Morango

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Hope


Recolho-me sobre os lençóis.
É só mais um dia, movem-se os meus lábios contra a almofada, é só mais um dia. Estremeceu o dia quando subitamente os pálpebras se retraíram em contas de vidro, quentes e escorregadias, no silêncio.
Um fio de luz foge da janela e vem-se abrigar no meu cabelo. E eu contorço-me como um bicho que se esconde na toca. Enlaço os braços aos joelhos e procuro em cada lágrima uma resposta.
Há de vir, sussurrava-lhe algo por entre as madeixas...

Já não terás de esperar assim tanto.
Vodka Limão

quarta-feira, 2 de junho de 2010

I'm sorry, but....


What happened to us,
What happened to me ?



... something inside me, like an impulse called me to write you this: You're a kind of best friend to me. And, guess what? Without you, I'm nothing.

Vodka Morango

domingo, 30 de maio de 2010

Amiga Morte


Quando estiver na idade acabada, quando só for eu e a minha acabada casa, quando já ninguém me conhecer, quando nem um olá me dirigirem, quando já nem se quer me vierem visitar, quando nem os gatos, nem os cães, nem nenhum animal qualquer se importar de me fazer companhia, quando já for esquecida, só irei conseguir ver através destes olhos já meios cansados duma vida, uma única solução.
A única verdadeira amiga, a que nunca me largou em qualquer momento, a única que nunca me desiludiu e podia acabar com a minha dor, que podia acabar com tudo, foste só TU. Olá minha amiga Morte, vem e acaba com tudo isto, com todo este sentimento, com este esquecimento, acaba com esta velha que foi abandonada pelo mundo.

Vodka Morango

Semi-frio

Vocês os dois... Voltaram a assaltar a minha memória. Que jeito é esse o vosso de entrar de mansinho na minha quietude?
A um eu já me habituei. Vem quase todos os dias e já faz parte. já tem quase uma presença trivial. E não me deve nada. Se vem é porque pouco me esforço para o não deixar entrar.
Já o outro... porquê? Porquê tudo isto? Serei assim tão insignificante para o semi-frio do teu coração? Um semi-frio invertido: primeiro vem o gelo, uma glacialidade quase inquebrável. Corajoso aquele que morde essa casca arrepiante do teu coração para depois provar o calor do seu interior, esse veludo puro que infelizmente tentas esconder.
Se calhar nem é preciso ser-se muito corajoso. É preciso ser-se paciente.
Eu nem sempre o sou. E, vês? Alcancei a brandura que trazes dentro.
Sinto falta do teu abraço.

Será assim tão difícil compreenderes isto?
Deixa de cravar esse punhal de indiferença. Mesmo que para isso tenhas de libertar o grito que conservas. Não o escondas. Não o escondas.

Eu não me importo.

Vodka Limão

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Heartache


Saboreava cada dia como um fruto suculento - o prazer do sumo a escorrer pelo queixo após a mordidela. A língua a traçar o contorno dos lábios, sedenta de mais uma gota de néctar. Os olhos ricos de um brilho sideral.

O corpo dormente a cada brisa que trazia o teu perfume. A cada movimento teu. O coração cavalgava a cada dia. Havia uma espécie de razão para o fazer mais depressa.

Havia um pretexto plenamente justificável para não ligar puto ao que o meu professor de ciências estava a dizer, não pelo simples facto de ser uma bela adormecida mas porque a cada momento a janela do corredor podia-me surpreender com uma visão tua. Eu amava essas surpresas que a janela me fazia.

Todas as aulas, durante todo o carvão gasto a riscar a casta mesa, a impaciência pela derradeira sinfonia de liberdade percorria todo o meu corpo, desde os cabelos até aos dedos que traçavam coisas indecifráveis (para os outros) mas tão significantes para os meus olhos.

Sentia-me como que aconchegada com o olhar quase protector que fugia pelo vidro, numa das tuas visitas a nenhures. Talvez fosse mera curiosidade da tua parte, não interessa. Quando pressentia o teu meio indiferente caminhar pelo corredor, as tuas sucessivas idas e vindas com pretextos comuns, era das únicas alturas em que as minhas íris se encontravam com as do professor. Fazia-me indiferente, tal como tu te fazias quando, incalculadamente, os nossos olhos se encontravam. Era desconfortável, virávamos instintivamente os rostos para o vazio e eu continuava a minha espera, recomeçando a rabiscar réplicas de sentimentos para a mesa.

Bem, eram uma escapatória, esses olhares furtivos.

E, finalmente, TRI-RRIM-RI...

À mínima ressonância do tão adorado toque só qu...

.... STOP.

Não me quero lembrar de mais nada. Eu devia saber, eu devia, juro que devia. Eu devia ter sabido logo da possibilidade das dores cruciantes que assombram o coração quando nos entregamos demasiado.

Melhor, eu sabia. Eu sabia, eu sabia que havia uma íínfima possibilidade, que estava bem lá no fundo, que não acontecia em todos o casos. Que ia tudo correr bem, afinal porque não experimentar?

Estúpida, estúpida, estúpida.

Eu devia saber logo que te ia amar, que ia sofrer, que mais tarde ia desejar por entre o sangue a escorrer dos lábios cravados pelos dentes e de pálpebras juntas e húmidas, nunca ter acontecido nada.

Por um lado arrependo-me tanto. Por outro...

... o que teria sido de mim se não tivesse provado pela primeira vez uma dor de coração? Mesmo que tenha sido por minha culpa?

Posso dizer que estou curada.

Mas aquela dor... eu devia ter sabido. Quase todos os apaixonados a têm.

19 de Janeiro de 2010

Vodka Limão

terça-feira, 18 de maio de 2010

Vem


Vem.

Inquietavam-se os galhos das árvores quando ele caminhou na minha direcção.

Estava escuro, o frio entranhava-se na minha pele e os cabelos acariciavam o vento da noite.

O medo começava a invadir o meu corpo. Mas eu colhia máscaras na ansiedade para afastar esse inoportuno nervosismo.

Vem.

O tapete natural no chão da floresta crepitava a cada passo dele.

Mantinha o rosto perfeito longe do meu. Não me olhava nos olhos - mantinha-os presos nas folhas que estalavam sobre os seus passos.

Estaria a esconder-me algumas lágrimas que lhe fugiam do controlo?

Vem

Ele vinha.

Quase parei de respirar quando o seu aroma tão característico me preencheu os sentidos.

Fechei os olhos. E ouvi o meu coração bater mais rápido do que as asas de qualquer beija-flor.

Vem.

Respirei fundo e, o mais serenamente possível, manti as pálpebras juntas.

Senti-o tão próximo de mim que deixei de ouvir os sons das árvores em nosso redor. Só havia o frio e o medo. E o vento a sussurrar-me alento ao ouvido.

Tremi quando os seus dedos tocaram a pele do meu rosto e o obrigaram a olhá-lo. Afinal não era ele que queria evitar o meu olhar? Continuei com os olhos fechados.

O mundo, por instantes, parou.

As nossas respirações uniram-se. E, entretanto, o frio fugira, pela noite.

9 de Janeiro de 2010

Vodka Limão

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Miragem
















Para mim, neste momento, já és quase uma miragem.

Bem, quase.

À noite, quando me enrolo no edredon e me embrenho da escuridão ponteada pela luz ténue que foge pela janela com as persianas meias fechadas do meu quarto, quando vejo os teus lábios tocar na pele dos meu pulsos, ou ouço um suspiro teu ao ouvido... és uma miragem tão real.

Mas, depois do toque do despertador, logo pela manhã, desvaneces.

Acordo lentamente, resmungo para o nada, escolho a roupa que vou vestir, tomo o leite com cereais, ponho perfume nos pulsos, aperto o relógio que me lembra os minutos (monótonos) que passam, escovo os dentes, levo mais uma vez a música aos ouvidos, visto um casaco qualquer e corro para mais um dia igual aos outros.

Arranco um sorriso dos confins da minha alma e arrasto-me com os livros na mão, pelos corredores, à procura da sala para a próxima aula. Tenho conversas. Encontro-me com aqueles que realmente me importam, que eu amo e se preocupam comigo. Sinto falta de outros que estão longe.

Às vezes, atiro-me para um canto com os phones nos ouvidos. Rabisco nas mãos coisas indecifráveis ao olhar de alguém que não eu. Leio e ouço coisas que me tocam na ferida.

Sabes, eu pensava que andava a enganar completamente a mim própria.

Mas não, é exactamente o contrário. Quando alguma pessoa mais corajosa me fala de ti, costumo despejar algo que não o que realmente sinto.

Mas também, admito, não estou a ser honesta comigo mesma. Pelo menos, não dessa forma.

Passo por ti. Indiferente, despreocupado, distante, alterado. Como se nunca na vida tivesses pronunciado o meu nome ou mergulhado no meu olhar.

Irreconheço-te. E percebo que o meu amor por ti é uma miragem ainda mais miragem do que a miragem que me beija antes de adormecer. Bem, quase.

Irreconheço-me também a mim própria.

E, no meio de tudo isto, chego a pensar que eu - o meu amor (por ti) - é que é a verdadeira miragem.

Virei a página.

Ou, vá, quase.

P.S.: Peço desculpa pela má qualidade do texto que se seguiu e ainda mais caso se sintam desiludidos por terem perdido uns minutos do vosso tempo a ler isto. Este texto pode até nem ter mesmo sentido, mas na altura em que o escrevi estava com vontade de deitar para cá para fora assim umas coisas do género. Aviso, também, que é mais ou menos fictício. Este texto foi escrito a 19 de Janeiro deste ano.

Oh, and I'm sorry, again.

Vodka Limão