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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Mais vale esquecer

Mais vale esquecer. Já não vale a pena lutar por um fim. Para quê? Para ser pisada que nem uma formiga em plena praça pública? Para ir para casa, na mesma, encharcar a minha almofada de lágrimas? Para isso mais vale ficar na mesma. As lágrimas correm mais depressa e o meu estômago enche-se de luz, com mais umas gotinhas de vodka fresca. Não preciso de mais nada. Apenas que me deixem em paz, que o telefone pare de tocar e de fazer sinais de luz e alertas vibratórios em cima da cómoda. Lutar por um fim? Deixem-me rir. Para isso, mais vale esquecer.

Vodka Limão
Mais uma vez peço desculpa pela ausência. Prometo não me "esquecer" mais deste espaço tão rico de bebedeiras e atrufios. Amanhã é (véspera de) natal. Sim, uma das épocas mais bonitas do ano, senão a mais bonita. Desejo (desejamos!!) um óptimo natal e feliz ano novo a todos os leitores das Memórias da Garrafa.

Seguem-se textos da minha autoria que ansiavam por um cantinho aqui nas Memórias :)

Vodka Limão

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Medos, Sofrimento e Lágrimas.

Naquele cantinho da sala frio, escuro e tenebroso, estava eu encostada, bem apertadinha contra a parede a chorar... Sem ninguém para me vir limpar as lágrimas do meu Sofrimento. À noite, uma simples brisa escancara portas e janelas, e não há chave, fecho ou tranca que encerrem a porta larga dos meus medos.

Vodka Morango

sábado, 4 de outubro de 2008

O Tempo ...

Eu estava a ouvira tal música na rua, e tava a chorar, quer dizer, caiam-me lágrimas sem sentido e sem direcção definida, e eu estava a andar muito devagar mesmo, a olhar para o céu, a olhar para o chão, para as pequenas árvores que cresciam, sentei-me no chão, olhei os cães que estavam a passar, e pensei, porquê que um dia não poderei sem completamente feliz ? Depois encostei-me a uma parede de uma casa, fechei os olhos para sonhar, e passou um rapazinho pequeno com a mãe por mim, e ele vira-se para a mãe, mamã, olha aquela menina tá a dormir, mas tão-lhe a cair lágrimas, tá triste ? e a mãe disse, deixa estar a menina, ela pode precisar de estar sozinha. E aí ainda comecei a chorar mais.

Vodka Morango

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

(...)



Sacou da arma e mirou-a com doçura. Era jovem, não valia a pena estar a sujar as mãos com vidas frescas como aquela. Mas não tinha escolha. Elevou o metal frio e escorregadio, tremendo. Sim, ele era um experiente, mas o nervosismo afectava-o sempre em qualquer "missão". Mas ficou ali, inerte, sem fazer qualquer movimento. Mas o que era aquilo? Estava a vacilar? Como era possível? Era um assassino profissional, nunca falhara em nenhuma missão, nunca havia hesitado, sempre despachara rapidamente o tinha a fazer. No entanto, desta vez não conseguía. Os olhos da rapariga hipnotizavam até a mais dura alma. O seu cabelo de lustro fascinava até a mais rude pessoa. Os seus movimentos de mestre prendiam até o olhar mais frio.
Deixou escorregar pela primeira vez em toda a sua vida, aquele pedaço de metal, deixando-o cair num barulho estridente no chão de mármore. Os seus lábios tremiam, não queria fracassar mas não podia arrancar a vida aquela rapariga. Especialmente aquela rapariga. Ficou a olhar o vazio durante uns instantes. Depois voltou a pegar na arma suja e apertou o gatilho. Foi mais forte que ele.
Eu nunca fracasso. Nunca mais vacilarei murmurava ele, enquanto arrastava o pedaço de morte de cabelo de lustro, entendido no chão frio de mármore.

Vodka Limão (cliquem no nome para ver o meu outro espaço)

sábado, 16 de agosto de 2008

Forças (...)


Sorrisos falhados, lágrimas esquecidas, olhares que mostram uma profunda solidão, alegria morta e a tristeza apodera-se de novo, e persiste em ficar, em não ter fim, e à qual eu não consigo lutar para a derrotar e poder voltar a alegria a reinar. Olho para o lado, sinto que algo está errado, mas continuo, continuo a pensar que nada se passou, que nada aconteceu, que está tudo bem, para não sofrer ainda mais. Sinto-me exausta, as minhas forças que antigamente eram fortes, que ninguém as derrotava, estavam sempre no auge, agora são fracas, tudo as derrota, acabam por desaparecer neste mar de medos, de lutas e de derrotas às quais não conseguiram resistir.
Vodka Morango

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Esperei pela Tua ajuda.

É noite cerrada, todos dormem profundamente. Na escuridão do meu quarto, os meus olhos teimam em não ceder e mantêm-se abertos como se uma enorme força os impedisse de fechar. Olhando pela janela observo o céu. Não há estrelas, está apenas mais uma noite fria e sombria. Ao som da música penso. Recordo. Recordo momentos, recordo olhares, recordo pessoas, recordo sorrisos,recordo lágrimas, recordo tudo. Não sei porquê, mas recordo. Numa fracção de segundo lembro-me de tudo. E nesse momento caí, caí redondamente no chão. Senti espiritos á minha volta, ouvia o seu respirar, alguns deles eram-me familiares. Entre eles estavas Tu. Tu que prometeras ficar comigo, Tu que prometeras ajudar-me a levantar. Nada fizeste, deixaste-me ali, abandonada, a ser consumida por todos aqueles fantasmas que esperavam a minha morte. Tentei levantar-me sozinha, tentei fingir que era forte. Tentei lutar contra todos aqueles seres, mas não consegui, já não tinhas forças para esconder o fracasso da minha pessoa, já não tinha forças para lutar e ali me entreguei á negra morte. De repente, por entre a poeira que sobrevoava o ar, uma enorme luz branca rompeu as nuvens densas e frias. Era tão bela, tão forte, parecia indestrutivel. Naquele momento, naquele lugar, uma tenebrosa batalha entre o Bem e o Mal começou. Durou dias e noites sem fim, a esperança de ser resgatada daquele sitio desconhecido e assustador era cada vez mais escassa. Acorrentada e sem ar, assim foi a minha morte. Sofrida, dolorosa. Indiferente. :x

Escrito Por: Ana Catarina Ortigosa Ferreira

domingo, 13 de julho de 2008

Ausência

Sei que são raras as vezes que por cá apareço. Desculpem-me por isso. Não que tenha esquecido este espaço. Não, nem por sombras.Apenas tenho fugido um pouco das maluqueiras, não tenho tido gnd inspiração. Mas a verdade é que sinto falta disto, sinto falta das minhas memórias da garrafa e, claro, da minha Vodka Morango. Temos falado pouco, minha Vodka. Tenho saudades das nossas maluqueiras. Prometo não desaparecer mais das Memórias.

Gostava de deixar aqui um vídeo que encontrei no mar de vídeos chamado youtube à uns tempos para cá... Mas o autor desse mesmo vídeo desactivou o código que permite postá-lo. Mesmo assim, não perdem mesmo nada em visitar este link: http://www.youtube.com/watch?v=2pS28HaEZ-I
A música do vídeo chama-se "Moonlight and Vodka" e as imagens retratam esse mesmo tema daí achar um vídeo propício para relatar neste espaço. :)
*

Vodka Limão

sábado, 5 de julho de 2008

Antigamente (...)


As areias do tempo não podem ser paradas. Os anos avançam, quer o queiramos ou não… mas podemos recordar. O que se perdeu pode ainda resistir na nossa memória. Aquilo que ouvireis é imperfeito e fragmentado, no entanto, apreciai-o, pois, sem vós, nada disso existe. Dar-vos-ei agora uma memória que já foi esquecida, perdida na penumbra onírica que perdura por trás de nós.
Antes dos pais dos vossos avós terem nascido, e sim, até antes dos pais deles, surgiram os Cavaleiros do Dragão. Proteger e salvaguardar era a sua missão, e por milhares de anos conseguiram-no. A sua mestria em combate era inigualável, pois cada um deles tinha a força de dez homens. Eram imortais, excepto se atacados por espada ou veneno. Apenas para o Bem deveriam ser usados os seus poderes, e sob a sua tutela construíram-se cidades e torres erguidas da pedra viva. Enquanto conseguiram manter a paz, a terra florescida. Foi uma era dourada. Os Elfos eram nossos aliados, os Anões nossos amigos. A riqueza inundava as nossas cidades e os homens prosperavam. Mas… nada disto durou.
Morgriff olhou para baixo, silenciosamente. Uma tristeza infinita ressoava na sua voz.
Embora nenhum inimigo os pudesse destruir, não podiam precaver-se contra eles próprios. E, com o tempo, no pico do seu poderio, um rapaz, de seu nome Xassta, nasceu na província de Aquilad, que já não existe. Aos dez anos foi testado, como era da tradição, e descobriu-se que nele residia um grande poder. Os cavaleiros aceitaram-no como um dos seus.
Passou pelos seus treinos, ultrapassando os outros nas diferentes habilidades. Agraciado com uma inteligência enorme e um corpo robusto, depressa ocupou o seu lugar nas fileiras dos Cavaleiros. Alguns viam a sua ascensão súbita como algo perigoso e avisavam os outros, mas os Cavaleiros tinham-se tornado arrogantes por causa do seu poder e ignoraram os avisos. Enfim, nesse dia nasceu uma grande tristeza.
Aconteceu então que, logo após o seu treino, Xassta fez uma viagem desavisada com dois amigos. Voaram para norte, dia e noite, e acabaram por passar para o território dos Urgals, tolamente pensando que os seus novos poderes os protegiam. Então, num manto espesso de gelo, que não derretia nem durante o Verão, foram surpreendidos enquanto dormiam. Apesar de os seus amigos e os dragões terem sido assassinados e de ele próprio ter ficado gravemente ferido, Xassta chacinou os seus atacantes. Tragicamente, durante a batalha, uma flecha perdida perfurou o coração do seu dragão. Sem arte para o salvar, morreu nos seus braços. E assim se plantaram as sementes da loucura.
Morgriff apertou as mãos e olhou em seu redor muito devagar. Sombras tremiam no seu rosto gasto. As palavras que se seguiram vieram como a toada fúnebre de um concerto.
Sozinho, privado de grande parte das suas forças e já meio enlouquecido com a perda, Xassta vagueou sem esperança por aquela terra desgraçada, em busca da morte. Mas esta não veio ao seu encontro, embora investisse sem medo contra qualquer criatura viva. Em breve, Urgals e outros monstros fugiriam da sua forma de luta assombrada. Durante esse tempo, apercebeu-se de que os Cavaleiros iriam ceder-lhe um outro Dragão. Embalado neste pensamento, deu início a uma árdua viagem, a pé, de volta à Brumívium (floresta onde muita gente tinha medo de lá ir). O território, que tinha sobrevoado sem qualquer esforço no dorço dum dragão demorava agora meses a atravessar. Podia caçar com magia, mas passava frequentemente por lugares onde não se viam antes. Assim, quando os seus pés abandonaram finalmente as montanhas, estava à beira da morte. Um camponês encontrou-o caído na lama e convocou os Cavaleiros.
Inconsciente, foi levado para a base deles, onde o seu corpo foi curado. Dormiu durante quatro dias. Ao acordar, não deu sinais de delírio febril. Quando foi levado a conselho para o julgarem, Xassta exigiu um outro dragão. O desespero do seu pedido revelou o grau da sua demência, e o conselho viu-o tal como era. Vendo negada a sua esperança, Xassta, através do retorcido espelho da sua loucura, convenceu-se de que a culpa da morte dos dragões era dos Cavaleiros. Noite após noite, cismou nessa crença e congeminou um plano de vingança.
As palavras de Morgriff desceram de tom até começar a falar num sussurro hipnótico.
Encontrou um Cavaleiro mais compassivo, em quem as suas palavras traiçoeiras deram frutos. Desenvolvendo insistentemente raciocínios astutos, e com a ajuda de segredos obscuros que um Espectro lhe ensinara, inflamou o Cavaleiro contra os anciãos. Juntos, atraíram traiçoeiramente e depois mataram um ancião. Depois de o terrível acto ter sido cometido, Xassta virou-se contra o seu aliado, assassinando-o sem aviso. Os Cavaleiros encontraram-no, então, com sangue a pingar das suas mãos. Um grito rasgou os seus lábios e fugiu na noite. Estranhamente lúcido na sua loucura, não o conseguiram encontrar.
Durante anos, escondeu-se em terras de ninguém, como um animal em fuga, sempre atento a perseguições. A sua atrocidade não foi nunca esquecida, mas, ao fim de algum tempo, as buscas pararam. Então, graças a uma qualquer má sorte, conheceu um jovem Cavaleiro, Aran, forte de corpo, mas fraco de mente. Xassta convenceu Aran a deixar aberto um portão da cidade Névila, que hoje se chama Nielirian. Entrou por esse portão e roubou uma cria de dragão recém-nascida.
Ele e o seu novo discípulo esconderam-se num local maldito, onde os Cavaleiros não se atreviam a entrar. Ali, Aran iniciou-se numa pérfida aprendizagem, aprendendo segredos e magias proibidas, que nunca deveriam ter sido reveladas. Quando o seu treino terminou e o dragão de Xassta, Édinmentor, estava já crescido, Xassta revelou-se ao mundo, com Aran ao seu lado, Juntos, enfrentavam qualquer Cavaleiro que encontrassem. A cada matança, a sua força crescia. Doze dos Cavaleiros juntaram-se a Xassta, por desejo de poder e vingança contra factos que achavam estar errados. Esses doze, juntamente com Aran, tornaram-se os Treze Renegados. Os Cavaleiros não estavam preparados e foram derrubados no massacre. Também os elfos lutaram amargamente contra Xassta, mas foram derrotados e forçados a fugir para os seus locais secretos, donde não saíram mais.
Apenas Caspian, líder dos Cavaleiros, conseguiu resistir a Xassta e aos Renegados. Antigo e sábio, lutou para salvar o que pudesse e evitar que os restantes dragões caíssem nas mãos dos seus inimigos. Na última batalha, perante os portões de Caladmiron, Caspian derrotou Xassta, mas hesitou no golpe final. Xassta aproveitou o momento e golpeou-o de lado. Gravemente ferido, Caspian fugiu da Montanha Éutel, onde esperava conseguir recuperar as suas forças. Mas não estava destinado a acontecer, pois Xassta pontapeou Caspian nas virilhas. Com aquele golpe baixo, ganhou vantagem sobre Caspian e decepou-lhe a cabeça com um golpe de espada.
Então, sentindo um poder a percorre-lhe as veias, Xassta ungiu-se e fez-se rei de toda a cidade Thror.
E desde então tem sido sempre o nosso rei.

Livro: Eragon
Todos os nomes foram mudados.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

"Legonon"


Legonon, sobre o que se passou na tua cabeça, tu quises-te falar com os mortos. O teu estilo de vida parecia-me tão dramático. Com a emoção de tudo, tu deixas enganar todas as pessoas com magia, Tu esperas-te pela chamada de satanás.

Vodka Morango

terça-feira, 24 de junho de 2008

Verdade ?



Um dia disseste-me que a nossa amizade nunca acabaria, mas passado uns dias essa frase acabou, tudo mudou, passamos a discutir por coisas inúteis, e a falar-mos menos. Não contavamos quase nada uma á outra, porque fomos conhecendo pessoas novas,e fomos deixando os amigos antigos para trás, olhando só o futuro e esquecendo-nos de que havia amigos que precisavam de nós e um passado bem recente que se foi destruindo. Agora estou a recentir isso. Se calhar é mlhor estar calada, mas é o que penso, o que sinto, o que vejo, a verdade. Será que tudo isto vai mudar ? Ou vai continuar assim ?
Vodka Morango

domingo, 15 de junho de 2008

Escuridão .



É hora de dormir, as luzes da cidade apagam-se, estou só no meu quarto, no escuro, a chorar, sou uma filha da escuridão, chegou a hora, este é o momento de se recolher no meu feito, e é ai que ela aparece, sinto um doce termor e um alivio no meu coração, acaba com a agonia duma pobre rapariga que nesta vida só soube amar, o amor transformou-se em dor, a dor num único desejo, desejo de se suicidar.

Vodka Morango

terça-feira, 20 de maio de 2008

Lágrimas .


Nos meus olhos, há lágrimas. Lágrimas que escorrem pelo meu rosto aliviando-me a dor. Lágrimas que caem demonstrando o sentimento acumulado que precisava de saír. Lágrimas, que como disse a poetiza, escorrem até ao coração. Lágrimas que como o sangue, alimentam a minha vida. Lágrimas que desceram pelo rosto, molhando o último beijo que me deste. Lágrimas que me trazem a lembrança da nossa amizade. Lágrimas que me lembram da promessa de que estarias sempre ao meu lado. Lágrimas que saem dos meus olhos com protesto de me aliviar da tua morte, da nossa amizade, da minha vida !
Vodka Morango

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Saltos Ornamentais



- Você está triste hoje? – ele perguntou – Algum problema?
Ela sorriu, apenas fazendo um gesto negativo com o seu rosto e balançando os seus longos cabelos.
- Tá bem – ele disse, incrédulo – Você acha que ainda me engana? Depois de todos esses anos, de todo esse tempo, depois dessa vida que vivemos juntos? Não engana não, my dearest friend.
- Amor, amor, amor... por que ele é tão pé no saco? Por que ele irrita e enerva e destrói e deixa marcas e maltrata e tira o sono dos pobre mortais?
Ele apenas riu – Que beleza, hein? Discorrendo sobre absurdos, pensando sobre questões sem resposta, enfim, sendo banal e uma garota clichê. Logo você, querida, a menos garota clichê de todas as que já conheci. E olha que eu já conheci muitas assim.
- Garotas clichê? – ela perguntou.
- Não, garotas apaixonadas. Garotas apaixonadas e perdidas e com um sorriso bobo como esse seu agora. Estampado como uma cicatriz na sua linda e adorável face.
- Eu sou uma idiota mesmo – ela respondeu.
- Por que? Porque ama? Porra, amor não é pecado, amor não é errado, amor não é complicado...
- Não? - ela interrompeu, indignada.
Ele a encarou com simplicidade – Não. Não é complicado não. De forma alguma. É extremamente simples, aliás.
- Sei – ela zombou – Até parece.
- Teve uma garota que eu conheci, há muitos anos, que me disse uma coisa que eu jamais esqueci. Era uma noite linda e eu gostava muito dela. Claro que ela não me dava bola, mas isso pouco importa. Ela era apenas uma amiga. Uma boa amiga. Não ótima amiga como você, mas uma boa amiga. Uma irmã. Naquela noite ela me disse algo adoravelmente simples, adoravelmente simples, mas que realmente se encaixou na minha vida. Óbvio que estávamos completamente bêbados, mas ainda assim me lembro das palavras bêbadas daquela garota. Ela disse que um sentimento que te deixa sem ar, sem fôlego, sem rumo, sem noção, sem sentido, sem chão, sem céu, sem objetivo, sem auto-estima, com medo, com insegurança, com tremor, com nervosismo, com insônia, com pavor, com auto-indulgência, com culpa, com pânico, enfim, com toda a sorte de síndromes e melindres e desesperos que uma pessoa pode conhecer, não pode ser complicado. Esse tipo de sentimento não pode, oh Deus, claro que não, ser apenas complicado.
Ela o encarou, com sarcasmo e perguntou – Não? Não pode ser complicado?
- Nós somos complicados – ele disse, tranqüilo – Nós. A complicação reside aqui – ele fez um carinho nos longos cabelos cacheados dela - O amor não tem nada com isso. Nada. – finalizou, virando um copo de tequila.
- Sabe de uma coisa? – ela disse, serena – Preciso de terapia.
Fazendo um sinal para o garçom daquele velho boteco, ele perguntou – De pinga ou de vodka? Limão ou morango? – e deu um sorriso ... lindo, por sinal, como tudo deve ser.


Vodka Limão

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Cantinho ^^


Naquele cantinho mais escuro e mais tenebroso . Rise From Darkness . Perdi tudo o que tinha , agora tbm te perdi .


Vodka Morango

segunda-feira, 17 de março de 2008

Sorri

Sorri. Sorri porque estás alegre. Sorri porque simplesmente queres. Sorri porque consegues. Sorri porque estiveste lá. Sorri porque ganhaste. Sorri porque aprendeste. Sorri porque correste. Sorri porque viste. Sorri porque ouviste. Sorri porque estarás sempre à escuta. Sorri porque bebeste. Sorri porque conheceste. Sorri porque cresceste. Sorri porque te divertiste. Sorri porque quererás sempre sorrir e porque tens vontade de sorrir.
Sorri porque sim.
Sorri porque sabes. Sorri porque tens. Sorri porque fazes. Sorri porque estás connosco. Sorri porque leste. Sorri porque e como sempre sorriste. Sorri porque quiseste. Sorri porque partiste. Sorri porque viajaste. Sorri porque cheiraste. Sorri porque sentiste. Sorri porque falaste. Sorri porque caminhaste. Sorri porque patinaste ou até mesmo porque sonhaste. Sorri porque sempre na tua vida sorriste. Sorri porque viveste.

Mas por favor, sorri.



Vodka Limão


quarta-feira, 12 de março de 2008

Enfim (...)

Guardei-te em mim . Guardei cada pedaço , cada momento , cada característica própria e única . Hoje , existem mudanças acentuadas que me obrigas-te a tomar , mas contudo , guardo ainda um pouquinho de ti . Embora o tempo e a distância tenham dissipado muitas das coisas que antes prendia no meu interior , ainda existe algo que permanece ... Guardo-lo-ei para sempre .

Vodka Morango

terça-feira, 11 de março de 2008

Baloiço da Vida


Sentei-me de novo no baloiço verde-limão.
Balancei durante horas, vagueando pela mente fora, há procura de respostas. Não sabia. Nas minha mãos escorregava uma garrafa de Vodka. Enquanto balançava, sentia o frieza do vidro gelado nas minhas mãos.
Olhei lá para dentro. Porque lá dentro, bem no fundo daquela garrafa, soava uma voz clara e delicada.
Ah, exclamei. Que mais poderia ser?
Mas continuei ali sentada a balançar. Apesar de já ter a resposta por que esperava à já muito tempo, continuei a balançar. Balancei, balancei, balancei.
De súbito, dei o último gole. Esperei. O sabor amargo e doce em simultâneo preencheram todos os meus sentidos. Aquela última gota já sabia a qualquer coisa: a resposta já não me parecia a mesma.
Ainda bem.


Vodka Limão

segunda-feira, 10 de março de 2008

Conversas (ou bebedeiras) - Parte I

Conversas entre Vodka Limão e Iogurte de Frutos Silvestres (nome fictício) por SMS's... E mais tarde ainda, na parte II, com Gelado de Baunilha Caramelizada (de novo, outro nome fictício). xD


Vodka Limão: Teoria da relatividade: E=mc2
Mas será esta a teoria da relatividade? Ora, de acordo com o meu ponto de vista, a pergunta não é derivada da questão, na medida em que, na perspectiva da fórmula, "E" mantém uma relação inequívoca com o mc2 visto que a resposta não é relativa à pergunta. Decerto que, aos olhos do teólogo "E" faria sentido à relação mc2 até porque este mesmo, representa a derivação do assunto em questão.
Em suma, concluímos que E=mc2 é a teoria da relatividade dada a minha perspectiva estar correcta e ser relativa ao assunto em questão.

Iogurte de Frutos Silvestres: Mas nu ponto d vista do geologo a teoria de Wegener da deriva dos continentes foi considerada giria geografika até ke se conseguiu provar ke existiam fosseis d mesosxauros na amerika do sul e em afrika. Isto pro que existem faktos paleontológikos que komprovam esta teoria. Note-se ainda ke nestes doix lokais d temperatura kente foram ekontrados depositos glaxiares.

Iogurte de Frutos Silvestres: Rxpnd a esta matemática da treta!

Vodka Limão: Deves achar qe não reconheço essa da teoria de Wegner do livro de Ciencias do 7ano. Haha!

Vodka Limão: Já para não falar da Lei da Conservação da Massa de Lavoisier que afirma que a massa dos reagentes transformados é igual à massa dos produtos da reacção formados. Dado que Lavoisier foi o primeiro químico a verificar a convervação da massa numa reacção química, poderemos frisar o facto de isto suceder por falta de gás que escapou. Um exemplo de uma reacção deste espécime é o gás formado se escapar para a atmosfera. Assim, no meu ponto de vista, poderei concluir que a decomposição térmica de carbonato de cálcio en óxido de cálcio e dióxido de carbono ocorre nos fornos de cal e cimento.

Iogurte de Frutos Silvestres: Mas repare que ainda nem pusemos em foco o teorema d Pitagoras. Mas sera que foi mesmu ele que o kriou? Nao a historia remonta porem a grandiosa civilização egipcia, au passo que, foram eles os grandes criadores do triangulo 3 4 5 ou seja o triangulo recto. O que Pitagoras viria a deskobrir é que o kuadrado da hipotenusa e igual a soma do quadrado dos catetos. Nu meu ponto d vista esta teoria caiu em desuso com a xegada das calculadoras grafikas visto que kom os xeus xips avanxados estas fazem nus as kontas com um simples click.

Vodka Limão: Pela ampliação indicada concluímos que o diâmetro de cada átomo de silício é 0,000 000 026, o que equivale ao tamanho de um segmento de recto com 26cm dividido em mil milhões de partes iguais o que explica o átomo de hidrogéneo ser mais simples. No meu ponto de vista, os átomos são electricamente neutros dado o nr. de cargas negativas ser igual ao nr. de cargas positivas.

Iogurte de Frutos Silvestes: Comu n penxei nixo antes???

Vodka Limão: Não pensou nisso antes dada a burrice estar entranhada na parte cognitiva do seu cérebro. Ora, de acordo com Kant, a zona cognitiva era o local mais apropriado para desenvolver e recriar uma panóplia de massa cinzenta ao qual denominamos diariamente de inteligência.

Pelos vistos, o efeito do álcool não me afecta só a mim. :D

Vodka Limão


domingo, 9 de março de 2008

(...)

Quero Hoje deitar-me na minha cama , amanhã , quando amanhecer , que nada o que eu vejo , se pinte na janela do meu quarto . Quero estar sozinha , perdida no mundo , sem ver , ouvir e sentir , quero poder chorar sem niguém me ver , quero estar triste para poder desfalecer entre as minhas lágrimas , e num dia em que eu estiver morta entre as minhas lágrimas , que as pessoas a quem eu dei o meu devido valor e que me ajudram , se lembrem de mim , como da primeira vez que nos tornamos amigos .


Vodka Morango

Memórias da Garrafa

Vodka Limão & Vodka Morango...
... [sobre nós - ver topo da página, do lado direito em "Acerca de Mim".]
Este blog foi criado sem intuito algum. Unicamente porque não temos mais que fazer. [Sim é essa a realidade]
Cada post será escrito ora por Vodka Limão, ora por Vodka Morango sem qualquer tipo de assunto em questão. Iremos escrever sobre nós, sobre a vida, sobre tudo. Porque no fundo da garrafa talvez haja sempre resposta para aquilo que procuramos.


Vodka Limão

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Olá nós somos a Vodka Limão e a Vodka Morango , Este blog não vai sair grande coisa , mas pronto nós tentamos . Nem todos temos os mesmos dons . xD E este não é 1 dos nossos . Podemos ter criado 1 blog , mas não é razão para termos o dom de saber escrever , secalhar temos a mania que sabemos escrever , enfim , manias . xD Bem esperemos que gostem do blog , nós esforçamo-nos ao máximo (ou não) .


Vodka Morango