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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

C'est la vie


Um dia perceberei porquê que a tua ausência agoniza tanto este meu pobre e fraco coração, que já mal força tem para voltar a palpitar como anteriormente. Sinto um aperto na garganta, é o teu recente veneno. O veneno da saudade, que há já muito tempo permanece dentro de mim e que me vai matando ao longo deste prado enfurecido. Serei novamente tua prisioneira? Ou apenas existe em mim esta trémula saudade porque talvez vá enlouquecer e já não encontre mais nada na minha mente sem ser memórias do passado, nas quais poderei mergulhar e vasculhar sem medo? Perguntas às quais é raro conseguir obter a resposta mais esperada, a resposta que mais anseio por ouvir.
Vodka Morango

domingo, 27 de dezembro de 2009

Um Dia Perceberei


Como se retoma a vida que se tinha anteriormente? Como se continua a viver quando lá no fundo do coração se começa a perceber... Que não se pode voltar atrás? Que existem coisas que o tempo não cura. Algumas feridas são tão profundas que teimarão em perdurar para semrpre. E assim, quanto mais a Tua imagem permanece na minha mente mais sinto a Tua falta, e a ferida ardente persiste em não ter fim, nunca mais. E esta loucura só terminará, com um simples fechar de olhos para a eternidade.
Vodka Morango

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

My Immortal



I'm so tired of being here
Suppressed by all my childish fears
And if you have to leave, I wish that you would just leave
'Cause your presence still lingers here and it won't leave me alone

These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase

When you cried I'd wipe away all of your tears
When you'd scream I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me

You used to captivate me by your resonating light
Now I'm bound by the life you've left behind
Your face it haunts my once pleasant dreams
Your voice it chased away all the sanity in me

These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase

When you cried I'd wipe away all of your tears
When you'd scream I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me

I've tried so hard to tell myself that you're gone
But though you're still with me
I've been alone all along

When you cried I'd wipe away all of your tears
When you'd scream I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me

Vodka Limão

Nunca se esqueçam...


Vodka Limão

Kill Me Again


Mata-me, tira-me deste mundo insano. Já não há mais vida dentro de mim que me prenda aqui, pois tudo foi levado pelas sombrias rajadas do tempo. Só te peço um último favor, mata-me como nunca matas-te ninguém antes, sem dó nem piedade, mata-me com o Teu sorriso, mata-me com as Tuas lágrimas, mata-me com um punhal cravado no meu peito, mata-me com a Tua dor, mata-me com a dor que me proporcionas todas as noites, mata-me como se fosse a última coisa que poderias fazer, mas mata-me sem teres remorsos alguns, mata-me com a raiva que sentes de alguém que jamais gostarias, mas porfavor mata-me e tira-me deste lugar de loucos, deste lugar ao qual eu já não pertenço mais. Um pequeno adeus irá ficar preso nos teus pensamentos e marcará as saudades que te proporcionarei.



Vodka Morango

Última Vez


Agarra a minha última respiração, talvez seja a última coisa minha que possas vir a ter .. Mas promete-me que a agarras com mais força do que agarras-te a nossa amizade, o nosso amor, do que me agarras-te a mim ... Agora já longe de Ti, não te vou procurar mais, apenas vou partir rumo ao destino sem fim ..



Vodka Morango

domingo, 13 de dezembro de 2009

Healing is difficult, believe me.



Cheguei a casa e corri para a casa-de-banho.
Luz. Clareza. Espelho. Reflexo. Verdade.

Senti a minha mão tocar a pele do meu rosto, impávido. Vi, no espelho, uns olhos surpresos e desconhecidos. Apeteceu-me vomitar.
A minha mão tremia enquanto apalpava às cegas a gaveta branca mais próxima, em busca de uma tesoura. Quando os meus dedos trémulos alcançaram o metal frio, já algo lacrimal deslizava sobre a pele do rosto reflectido. O meu.
Agarrei um punho de madeixas e golpeei-o. Vi, sucessivamente, os meus dedos abrirem-se para o chão: caiam fios leves de cabelos, fragmentos de memória.

Parei quando me apercebi que cortar o cabelo ia dilacerar a cortina que me poderia cobrir o rosto (desconhecido), o rosto que queria que fosse desconhecido, o rosto que não queria mais ver. Uma espécie de protecção.

Mudei de táctica.

Atirei tudo o que me deste contra o fundo de uma gaveta, como se faz aos medos. Não quis olhar mais para ela.
Deixei de ouvir aquelas músicas que tu gostavas mas não as apaguei (ouvia-as, por vezes, quando não aguentava mais e me queria aproximar de ti)
Aquela roupa... daquele dia... escondi-a.
Mudei a cor do cabelo, clareei-o, fiz com que os reflexos sobressaíssem.
Escondi o verniz, aquele verniz e os anéis que, naquela altura, ornamentavam as mãos que gostavas de explorar - foram-se.
Mudei de carteira, de calças, de sapatilhas.
Comecei a usar outra maquilhagem, se é que dantes usava, sequer.
Quando pressentia a tua presença (sim, é fácil pressenti-la, só o teu aroma tão característico me acelerava o coração) deixava as madeixas do cabelo cobrirem-me o rosto. Não queria que me olhasses nos olhos.

Não interessava. Só não queria que ainda visses em mim a mesma rapariga que gostaste. Que amaste mesmo quando parecia que mais nada valia a pena.
Era tudo muito bom se realmente fosse capaz de o fazer.
Eu queria mudar para esquecer.
Queria mudar.
O mais incrível é que ia mudando inconscientemente. Não havia data marcada ou plano definido. Foi acontecendo, a dor inconsciente que guardava no peito dava força aos meus movimentos. Se é que mudava.

Desde que não voltasse a deparar-me com algo daquela altura, tanto melhor. Mas era impossível apagar fosse o que fosse mudar radicalmente. Era covarde, limitava-me a esconder as coisas, a fugir do problema em vez de o enfrentar.

Arrancava a mim própria um sorriso, diariamente. Escondia (mais uma vez) a dor.

Talvez, afinal, não quisesse assim tanto mudar. Por que é que não queria? Incógnita.

Quero deixar de apagar esconder memórias.
Já me irreconheço. E a ti, cada vez mais.


Vodka Limão

sábado, 12 de dezembro de 2009

Sombras

Olhando para as passoas com um olhar vazio, corro a pedir ajuda para sair daquele lugar tenebroso, só eu sabia o quanto me custava estar ali, só eu sabia o quanto tinha sofrido para ali estar, só eu sabia.. Mas ninguém me ouvia, ninguém me respondia, estava tudo a tornar-se um mundo de sombras, cobertas de medos.. Nesse instante abro os olhos, deixo que o cigarro acabe e saí do café, como se estivesse a ser perseguida. Chegada à rua fria e escurecida, encosto-me a um canto, todo ele humido, já meia perdida na loucura da vida, desamparada e completamente cansada. Fico ali, encostada o resto da noite, debaixo daquele luar luminoso, contemplando-o, e tentando perceber porquê que tudo era tão difícil.. Acabo por adormecer nos meus próprios pensamentos, eles tambem obscuros, como aquele lugar era..

Vodka Morango

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Just sleep


in DevianArt, by ~rekia


Just close your eyes

Kiss me goodbye
And sleep
Just sleep.
The hardest part is letting go of
your dreams.



(Letra de "Sleep" dos MCR. Embora a música não seja propriamente do meu maior agrado, a letra é... linda)


Vodka Limão

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Fim


A luz percorre o meu mísero corpo, já consumido pela dor e agonia sentida ali, naquele pequeno quarto. Já perdida na escuridão, perdida por uma dor inacabável, esperava que alguém pudesse ouvir o som da minha voz, já ela gasta com o tempo e quase incompreensível. Mas ninguém quisera saber, todos se sentiam bem, exibiam uma indiferença tal, que me mostrava estar ali sozinha, não interessava se estava bem ou mal, se estava ou não ali com eles, era insignificante. No instante a seguir, toda a casa começara a desfazer-se, tudo começara a cair para o infinito. Nada via, tudo estava meio apagado. Só conseguia sentir o chão a tremer e tudo à volta a desaparecer como a chuva que vai e volta. A minha voz eclodiu num clamor que concentrava em si tudo o que me restava, numa vã tentativa de poder ser ouvida, mas nem o eco foi capaz de alcançar o lugar que eu desejava, nem ele reuniu forças suficientes para triunfar.
Rapidamente escrevi uma última carte, àqueles que mais amava, para que nunca se esquecessem de mim, foi a minha carta escrita para todos. Lancei-a no escuro e deixei-me levar para aquele lugar sem fim. E foi assim que tudo acabou, tudo se desvaneceu no tempo, e rapidamente se esqueceram da minha existência, pois ninguém havia lido a minha última carta. Foi o meu derradeiro final, cercada pela escuridão, consumida pela dor agonizante que aquele lugar aterrador tanto me conferia.
Vodka Morango

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dançavam - Parte I.





É tarde.
Não me perguntes porque continuo aqui sentada, a insistir nas teclas, como quem insiste em dar algo a alguém, mesmo sabendo da futura retribuição que possa vir a ter. Seja ela boa ou má.
Não penses que o facto de estar a insistir nestas teclas me dá algum alento. Poderia dar, nos tempos em que mentia. Já não minto. Aliás, nunca menti, nunca soube: perdi-lhe o jeito logo à nascença.
Pois, estaria a mentir com todo o sabugo das unhas, com todo o esmalte da minha fileira perfeita de dentes (sim, o aparelho faz milagres) caso decidisse gritar ao ar que já nem me interessas, que quando caminhavas como o vento, bem perto de mim (todo o santo dia), nem sequer notava a tua presença. Que nem o teu aroma me demovia.
Lembraste quando te ensinei a dançar? Claro que não te lembras. Que loucura a minha, ensinar-te a dançar? Só mesmo naqueles meus sonhos que tocavam até as mais recônditas profundezas de um oceano inexplicável. Era fácil: segura a minha mão. respira fundo. puxa-me para o teu peito. dá um passo. prende os teus olhos nos meus. deixa-te guiar pela música. Ouvias-me como um feto ouve, na barriga, a mãe a cantar pare ele no duche. Ficavas com um ar tão humildemente inocente, tão puro, tão questionado... estampado no rosto. No entanto, movias-te como se tivesses dançado a tua vida toda. Embora os teus olhos (perfeitos) transparecessem a mais áspera dificuldade em perceber o que te ensinava. Tão bebé, tão criança... tão, tão... irresistível.
Claro, tudo pura ficção. Se alguma vez tudo isto tivesse sido verdade... bem, não vale a pena tentar encontrar exemplos cómicos: simplesmente nunca teria acontecido. Basta vermos os factos: eu - subjectiva, tu- objectivo. eu - artística, humanística. tu - científico, racional. eu - sonhadora, tu - realista. eu - livre, rebelde. tu - constrangido... And so more, so much more, more, more... so... much... more?...

(Espera, não houve alguém neste pequeno planeta habitado por gente incongruente como tu, que teve a brilhante ideia de dizer que... "os opostos atraem-se"?)

Cala-te subconsciência... nã...

(Consciência)

Ou isso, não és para aqui chamada.

(Mas...)

Cala-te.


Nunca encontrei um oposto meu tão perfeitamente esculpido como tu. Vês? Como alguma vez te poderia ter ensinado a dançar?

Não me perguntes como ainda choro ao lembrar-me do teu aroma. A sério, nem experimentes.




Vodka Limão
P.S.: Acho que menti - afinal dá-me alento. Algum. Mas pouco.




> Acabei de escrever este texto e são 2:59h da manhã. Tendo em conta o horário em que isto foi concebido, caso esteja uma valente m* (vocês conhecem a palavra, não é preciso uma menina de bem vir explicar-vos), peço as minhas mais sinceras desculpas, caros leitores assíduos. Espero da próxima vez não corromper de novo as vossas mentes com textos semelhantes. See ya.

domingo, 15 de novembro de 2009

Rua Repleta de Nada

Vagueio pelas ruas enlouquecidas, num acto meio perdido. Sinto a frescura do vento a embater contra o meu rosto, gelando-o. Fecho os olhos, e sonho com o rumo que irei dar a esta vida de loucos. O meu olhar, eternamente perdido, um olhar vazio e só, contempla a rua, ela também perdida e vazia. Não havia ali qualquer alma, era apenas uma rua sem fim, encaixada numa cidade escura, numa cidade que teimava em não ter fim, como este meu sentimento que me acorrenta o coração, já perdido e enlouquecido pelo teu doce veneno, que é este interminável amor.

Vodka Morango

sábado, 7 de novembro de 2009

domingo, 18 de outubro de 2009

New look

Porque é sempre bom mudar, o blog tem uma nova imagem. Basta a outra vodka aprovar. Até aparece que andamos a fazer publicidade à Absolut Vodka (imagem de fundo).

Vodka Limão

domingo, 11 de outubro de 2009

Desabafo


Sabem quando somos obrigados a fazer uma coisa que não queremos? Pois, toda a gente já passou por isso. E eu estou, mais uma vez, a passar. Óptimo, não? Fantástico, Maravilhoso. Não haja dúvida que é uma sensação fabulosa querer deixar tudo, sair à rua na véspera anterior ao "momento da verdade" e gritar aos quatro ventos que não queremos fazer nada, que ninguém nos pode obrigar e que somos nós que mandamos no nosso nariz. Pois, é claro que tudo isso é simplesmente fantabulástico. Ainda melhor é quando nos consciencializamos de que, infortunadamente, nada do que berramos no minuto anterior era verdade. Que bom. É sempre agradável quando o único fio de esperança que nos resta se rasga como a nossa tolerância. Achamos que vamos morrer. Que não podia haver nada mais embaraçoso do que subir a um palco e interpretar algo que não somos em frente a quase 100 pobres almas da nossa idade, de olhos insensíveis e línguas prontas a espetar-nos com a piada mais degradantemente insultuosa que estiver à disposição. Pois, é sempre muuuuito agradável. Digamos. E pior ainda, é quando gostamos mesmo do que vamos fazer. Mas por causa de tudo isso, no minuto seguinte, queremos é fechar-nos numa concha isolada do mundo, com medo dos olhos insensíveis e das línguas prontamente hostis.


encontrei este texto atirado para dentro de um baú bem escondido no meu coração. está quase a fazer um ano que este desabafo existe. porque será que às vezes ainda sinto o mesmo?

Vodka Limão

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Sweet Dreams or a Beautifull Nightmare


(...) Nesse momento, agarraste-me, abraçaste-me, beijaste-me, sentis-te a minha doce pele e segundos a seguir deixas-te escapar uma lágrima. Senti que tudo o que havia passado naquele preciso momento, junto à lagoa iluminada pela luz do luar, era a última vez que acontecia .. Senti um aperto, senti que me ias fugir das mãos para sempre. Abracei-te com força e desejei que aquele momento nunca terminasse. Hoje, sei que o que se tivera passado naquela noite, foi simplesmente o que eu havia temido, foi a última vez que te senti em mim. Agora tudo se dissipou como um leve brisa ..


Vodka Morango

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Calm Down


Molhei os pés pela enésima vez, na água fria do mar.
Lentamente, entreguei o meu corpo e espírito à frescura das águas e mergulhei no seu núcleo infinito. Quando voltei à tona, parecia purificada. Parecia ver o mundo de outra forma. O obscuro havia fugido e os meus olhos apenas observavam a luz.
Ali, na praia, tudo é bonito. Sempre que olhava o pôr-do-sol sobre o ondular da água e a areia fina dançando em redor, dava-me sempre vontade de tirar uma fotografia daquelas artísticas ou de sentar-me ali a desenhar o místico daquele lugar.
Sim, a desenhar.
Já não é a primeira vez, que ao me lembrar deste verbo tão banal, "desenhar", sinto a tristeza a inundar a minha alma. Sabes porquê?
Infelizmente, o nosso mundo está cada vez mais carregado de hostilidade e egoísmo. O dinheiro parece dominar tudo e todos, e a sociedade acaba por se esquecer do verdadeiro significado da palavra "arte". Parece que pouca gente lhe dá a verdadeiro valor. Isto entristece-me. E muito.
Mas sabes outra coisa?
Quando começo a traçar os primeiros riscos no papel sinto sempre uma sensação fabulosa a dominar-me. Talvez seja alegria, não sei. Só sei que é sempre esse sentimento que me leva a desenhar, a traçar, a transmitir pelo carvão o que vai na minha alma, aquilo que não posso transmitir por palavras, a construir o imaginário.
Há alturas em que penso que esse sentimento que te falei à pouco se deve à verdadeira essência da arte. E também às poucas pessoas que sabem dar o devido valor à arte. Deve-se a pessoas como tu.
E é nessas alturas que posso murmurar no intenso frio da água do mar, que amo a arte.

texto escrito por volta de 2007 ou 2008 com o nome original de "Mar e Arte". agora vejo o quanto realmente cresceu a minha escrita.

Vodka Limão

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Suspiros Estrelados


Era noite cerrada, o avançar dos ponteiros teimava em não se desprender da minha mente .. Sentada no friso de mármore da minha janela, imóvel permaneço a contemplar as estrelas e todo aquele seu brilho que me fascinava desde muito nova. Com as pernas a baloiçar no silêncio da noite, pego num pequeno pedaço de papel amarrotado que se encontrava ao meu lado, parecia que tinha vindo de propósito pousar ali para ser lido por alguém. À primeira vista parecia uma simples e inútil carta para alguém, não se percebia bem quem pois a caneta estava um pouco gasta .. Mas no fundo, apercebi-me que não era disso que se tratava, era mais complexa do que eu imaginava, era mais sentida do que algum outro sentimento já vivido. Era uma das cartas mais tristes que já tivera lido em toda a minha vida, era uma carta de suicídio. Quem a redigira estava a lembrar-se de todos os momentos bons, de esplêndida felicidade que tinha passado, relatava também aqueles acontecimentos que o levaram ao auge de uma vida bem vivida e bem trabalhada, mas acima de tudo feliz, mas que por algum motivo que não existia nessa mesma carta, havia terminado duma maneira tão cruel. Apesar de nem saber de quem se tratavam, entrei profundamente nessa magnifica história. Fiquei tão envolvida em tal conto que pensei que um dia iria ser mesmo feliz quanto eles foram. Acabada a carta, pousei-a com cuidado junto de mim, e voltei a olhar aquele maravilhoso céu que estava todas as noites ali para ser observado por qualquer ser vivo que quisesse e também para todos os caíres de sol e levantares de lua nos desejar boa noite. Aquele tic-tac enlouquecido voltara a povoar a minha cabeça de novo, então achei melhor sair dali e ir-me deitar, pois já havia acontecido muitas coisas para uma só noite. No fim de todo aquele tempo, o céu e as estrelas não perderam o encanto. Num tom sereno, calmo, determinado pronunciei: “Também merecem ter uma boa noite estrelas!”
Vodka Morango

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ausência - Moledo/Caminha (Atrufios - parte I)


(Pedimos desculpa por esta [prolongada] ausência mas as meninas Vodka não puderam resistir [mais uma vez] aos "ares" de Moledo/Caminha)

See ya,

Vodka Morango & (vampírica) Vodka Limão

Melancolia dos Dias

Pelo som melancólico da música que naquele momento ouvia, tentei manter-me acordada, mas não foi possível.. A força dos meus sonhos era muito superior à minha, então levaram-me para outra dimensão.. Onde Eu podia ser o que queria, fazer tudo aquilo que desejava. E por horas afio fiquei enrolada naquele sonho que nunca tivera tido antes. Sempre que fechava os olhos sabia que não ia passar apenas disso, de um sonho embora um bom sonho, e , quando voltasse a acordar tudo iria estar igual, tudo iria permanecer tal e qual como quando eu adormeci . A Noite passou rápido, sem me aperceber de quantas horas passara a dormir, mas o sol, já bem lá no alto, raiava intensamente e penetrava por entre as pequenas fendas da persiana e acordara-me .. E aí, levantei-me pensei que voltara à dura da realidade, à realidade que já vivera anos e anos, sem nunca mudar..

Vodka Morango

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Um até sempre


No escuro e silencioso quarto onde estou a entregar-me às palavras, procuro no vazio da minha mente, algo que me faça esquecer a Tua existência, algo que me faça esquecer que sofri durante um longo e interminável ano, algo que me faça voltar a ter aquele meu sorriso na cara, aquele brilho no olhar, e que nada seja falso, como eram até aqui. Encosto-me a um pequeno canto e reflicto sobre tudo o que passamos e o que poderíamos ter passado, e tento perceber se valerá a pena continuar tal caminho a lutar por Ti, por Mim, por Nós. Sinceramente, tenho pena, mas pelos vistos para Ti a palavra Nós, já não existe. Esquecer-te é o maior passo que darei, e será o melhor para Mim. Pergunto-me se cairei? Provavelmente, mas de que vale a vida se não houverem quedas, erros, derrotas, vitórias, sofrimento e tudo o resto? Procurar-me-ás? Duvido, mas ficarei à espera que esse dia possa vir a existir. Terás uma lágrima a marcar o meu rumo e da promessa de que te amei de verdade. Quando essa lágrima desaparecer, significa que eu também terei desaparecido da Tua vida. Ausentar-me-ei por um tempo indeterminado, não interessa para onde vou, não interessa com quem vou, nem de como ficarei, só saberás que fui espairecer e esquecer que ainda vivo. Um adeus fica aqui perante todos os leitores deste texto.
“… Goodbye my lover, goodbye my friend,
You have been the one,
You have been the on for me …”
Vodka Morango

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O Texto sem Título



Nestas pequenas linhas poderia dizer o quanto gosto de Ti e o quanto importante és para mim, mas não é esse o meu objectivo de hoje.
Sentada na cama, olho através do vidro da janela, vejo o mundo lá fora sem vida, tudo sem cor. Questiono-me a razão de tal acontecimento, mas não obtenho resposta alguma. Sinto algo estranho a percorrer o meu corpo, algo inexplicável, algo gélido mas ao mesmo tempo quente, uma dor que não me deixa fazer qualquer movimento possível, esperei que aquele assustador sentimento desaparece-se, peguei nos meus fones, e corri até à porta de saída esquecendo tudo o que para trás ficou, procurando a resposta. Chegada à rua, deparo-me que não há vulto nenhum, nenhum ser vivo. Imóvel a tudo o que acontece-se fiquei ali. Tinha a plena consciência que algo iria acontecer, algo perigoso. Tentei gritar para que pudessem vir tirar-me daquele lugar mas nem o eco da minha voz ouvi, tentei mexer-me mas os meus movimentos foram em vão, tentei usar todas as forças que permaneciam naquele momento no meu corpo, mas até elas foram insuficientes, nada aconteceu. Então, ali imóvel, ao som da música e sem força alguma, deixei-me cair no chão frio e permanecer caída durante horas afim. Ficarei à espera que tudo mude, que volte a haver vida, que volta a haver cor, que volte tudo como era dantes e que me possam vir ajudar. Mas enquanto isso, deixo-me desvanecer entre os meus pensamentos, entre todos os meus sentimentos que de alguma maneira me matam por dentro, aqueles sentimentos mais cruéis.
Desta vez, foi apenas uma pequena despedida, um pequeno adeus, porque talvez, noutra vida regressarei ao lugar onde me deixei ficar caída.

Vodka Morango
Fotografia por Flávio Vieira

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A cidadela

A loucura arrastava-se no bélico momento do pano estrelado.
Ouviam-se harpejos suaves de dentes tilintantes. E a brisa dedilhava no silêncio da noite tensa. Homens preparavam-se para o fogo ardente da batalha. (A serenidade esbatia-se nos seus rostos transparecendo a salvação perdida no tempo.)
A cidadela dormia no crepúsculo da tensão dormente.
E um sorriso desenhava-se na escuridão.
Um único.
Na sua tenra juventude máscula, ele sorria. Uma fileira de dentes perfeitos rebrilhavam na escuridão. Desalinhou ainda mais o cabelo rebelde, bonito. O seu olhar de ouro derretido emanava um calor estranhamente agradável e belo.
A brise rolou, mais uma vez, gelada na noite, abraçando o seu peito firme e os músculos de um fio de dias árduos na tensão do exército.
O cabelo e as roupas esvoaçavam ao sabor da rebeldia quando soou a trompeta. Um som gelado, cortante, despedaçou os harpejos suaves, impondo o silêncio.
A presença da cidadela era quase inexistente. E o seu sorriso brilhava ainda mais. Belo, divino, perfeito. No crepúsculo da tensão dormente. Do bélico momento do pano estrelado.

(escrito a 04/03/09 & 05/03/09)

Vodka Limão.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Mas Escrevo ..


As estrelas brilham, a chuva cai de forma contínua, eu ouço música e escrevo, escrevo até me faltarem linhas e lápis, até me doerem os dedos, mas escrevo, escrevo tudo o que preciso, escrevo todas as recordações, todas as memórias, todos os momentos, todos os pensamentos, escrevo textos, escrevo poemas, escrevo tudo aquilo que me deixarem. Voam palavras, frases na minha cabeça, para dizer tudo aquilo que tenho medo, para pronunciar todas aquelas palavras que gostava de ouvir, vindas da Tua boca, mas que não és capaz de dizer, e só eu sei o quanto me custa saber isso, talvez nunca as vá ouvir, mas a esperança é sempre a última a morrer. Um dia, quando a chuva deixar de cair, quando o sol deixar de brilhar, quando a lua deixar de iluminar a noite, quando o fogo deixar de queimar, quando tudo ficar estranho, eu prometo que continuarei a escrever aqueles longos e sentidos textos, continuarei sem fim .. O mundo poderá desabar em mim, mas eu não deixarei de escrever as pequenas palavras que persistem em ficar na minha cabeça, mas que tentam saltar para as linhas, para a minha boca, para todo o lado, continuarei, continuarei sem medo .. Um dia irás dar valor a tais palavras, e voltarás atrás, mas aí eu já lá não estarei, pois continuei a minha viagem. Então, irás aprender a ler as entrelinhas e saberás o que significas-te para mim, até lá fica uma lágrima de saudade. Daqui a um longo tempo voltarei para te escrever mais um dos textos, por enquanto permanecerei em silêncio.


Vodka Morango

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Maçã mordida


Ouviu-se um baque oco contra o solo.

Uma maçã mordida rolava, perdida. Pergunto-me a quem pertenceriam aqueles dentes desenhados na sua superfície? Alguém que usara a maçã e depois se vira livre dela, deitara-a para o chão sem piedade sem querer saber mais. Como me fizeram a mim?
A maçã fora mordida e deixada. Fora provada e posta de parte com crueldade. Como eu fora?

Naquele momento, no enxame de pensamentos que me escaldavam o crânio, sentia-me perdida. Como a maçã. O meu coração também fora mordido, como ela.

Poderia ser mordido... outra vez? Poderia... recomeçar de novo?

Vodka Limão.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Entrega

Corre até á praia, vai pela chuva fria, que te gela os pés e quase te prende o andar. Agora deixa-te cair na areia molhada e sente os pequenos grãos a tocarem no teu corpo. Olha para aquele calmo e sereno mar, um mar sem fim, concentra o teu olhar nas pequenas ondas que rebentam na quebra. Olha para todas estas maravilhosas coisas da Natureza, depois pensa que a Tua vida é como uma onda, umas vezes calma e serena, outras atribulada e rude, como uma onda cresce, atravessa obstáculos que os supera, por fim chega à quebra do areal, e poem um fim a isto com um rebentar bem sonoro, e rola areia fora até voltar a entrar de novo o mar. Assim é a monotonia das ondas, da Tua e da Minha vida. :')

Vodka Morango

terça-feira, 7 de abril de 2009

Mereces Tudo ...

Mereces ouvir um Desculpa, mereces ouvir um Perdoa-me, mereces ouvir um Beija-me, mereces ouvir um Abraça-me, mereces ouvir um Deixa-me, mereces ouvir um Odeio-te, um Amo-te! Mereces ver um Sorriso, uma Lagrima, um Gargalhada, um Choro. Mas acima disto tudo mereces ser feliz, com quem amas. Sê feliz, e faz da Tua vida o que ela não foi até agora.


Vodka Morango

domingo, 8 de março de 2009

Emprestei as minhas lágrimas às estrelas

Era noite cerrada, estava eu sentada no parapeito da janela, a olhar as calmas e brilhantes estrelas, que do céu olhavam para mim, como se fossem as minhas protectoras. Estava a recordar todos os momentos passados contigo, bons e maus, tristes e alegres, aos quais todos eles me fizeram crescer, todos eles me ensinaram a viver a vida cada dia como se esse fosse o último. Nesse preciso momento, uma lágrima escorreu pela minha cara, pela minha triste e ao mesmo tempo feliz cara. Uma lágrima de saudade, em seguida uma lágrima de sofrimento, e outra com mentiras e falsidades, parecia que tudo o que estava guardado no meu coração queria sair, mas em pequenas e inocentes lágrimas, tudo estava a fugir do meu coração que batia a mil à hora, talvez fosse para me deixarem viver com mais emoção.
Pequenas lágrimas com tantos sentimentos, umas sentiam ódio, outras mentiras, algumas alegrias, naquele momento sentiam tudo. Tudo estava vir ao de cima, estava tudo a sair, parecia sangue a sair de uma ferida que acabara de abrir. Foi assim, fiquei ali, impávida e serena, deixando aquelas lágrimas cairem pela minha cara e a ver as estrelas brilharem.

Chego à conclusão que marcas-te mesmo. »M«

Vodka Morango

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Por dias quentes e cinzentos, encontro-me no fundo de uma garrafa fria. Não sei o que é que ela quer de mim. Mas sinto-me só, muito só. Pelos vistos, nem a garrafa me faz companhia. Mas aaah, como é bom. Como é bom, sentir este doce sabor a escorrer dos meus lábios. Tão divino: quase um néctar dos deuses.
Reparo agora que me cresceu um punhal no coração. Reparo agora que te amo. Mas estou só, muito só. E não tenho forças para tirar o punhal do coração.

Vokda Limão

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Cartas ...

Acreditar no Pai Natal, é uma ilusão, um sonho que os adultos gostam de tornar realidade, mandam as crianças escrever uma carta, a fazer os seus pedidos, dizer que se portaram bem, enfim... Basicamente é confessarem-se ao velhote barbudo, mal sabendo elas, que afinal quem as lê e entrega os presentes não é esse senhor, mas sim os pais, e esses arranjam mil e uma maneiras para não acabarem com a ilusão dos filhos.
Eu fui diferente, eu escrevi na mesma a carta, com o mesmo começo de sempre "Querido Pai Natal" , mas não a entreguei aos meus pais como todos os meninos e meninas faziam, eu queria ser diferente, queria que ele viesse buscá-la, ele próprio, queria ver a sua imagem enfrente aos meus olhos, então escrevi a tal carta, a famosa carta, que me ia levar a ver o gordo barbudo. Eu na tal carta pedia uma casa enorme de bonecas, sonhava ter aquilo, tal como muitas meninas na altura sonhavam ter, pois vivia-mos no famoso mundo "cor-de-rosa". Encostei a carta ao meu pequeno candeeiro, e fiquei com um olhar esperançoso colada nas estrelas, para aquele mas de estrelas, que davam o nome de céu, para talvez ver o Pai Natal, no seu ternó, com as belas renas voadoras, à qual uma delas se destacava por causa do seu nariz vernelho, de nome Rodolfo. Mas nada aparecia, nada via, nadavinha ao encontro da minha carta, nada de nada... Lutei contra o sono e contra o frio, fiquei ali imóvel a noite toda a olhar as estrelas, mas não via nada. Nessa noite fiquei desiludida comigo e com o senhor barbudo. Fiquei tão triste. muito mesmo, porque pensei que era uma criança diferente, apartir dessa noite deixei de acreditar no Pai Natal... Mas mesmo assim, dentro de mim, ainda existia uma infima esperança que aquilo fosse mentira, então encostei a cabeça à almofadda a olhar pela janela a ver aquele maravilhoso céu... Mais uma vez lutei contra o cansaço, mas as histórias que as estrelas me contavam eram tão embaladoras, que eu me deixei levar pelo cansaço e adormeci como uma menina num conto de fadas.
No dia seguinte, estava uma manhã de Inverno, gélida, chuvosa, e imenso vento. vesti uma roupa extremamente quente, botas, cachecol, luvas, gorro, casaco impremiável, mochila às costas e lá fui eu para a escola. Estava ansiosa para que acabasse aquele dia, para chegar a casa e ir ver se ainda era verdade que o Pai Natal existia!
Mal acabaram as aulas, eu fui a correr para casa, corri, corri, corri, mas o caminho parecia não ter fim, era uma imensidão de ruas sem fim, onde me encontrára perdida. Até que de repente olho para o lado e vejo a minha casa. Pensei para mim, até que enfim cheguei, agora posso ir ver se o Pai Natal me trouxe a prenda.
Chego ao meu quarto e apanho uma grande desilusão, toda a esperança que me restava tinha desaparecido com aquela desilusão.
Peguei nos meus headphones, coloquei a música aos altos berros e sentei-me na cama a ouvir música... Assim acabou a felicidade de uma pequena criança.
Hoje, volto a recordar o passado co uma pequena lágrima a cai-me pelo rosto e que me gela a cara.
Mesmo assim voltei a escrever uma outra carta, muito mais elaborada e sem tantos erros ortográficos.
Falava na rasão em porquê que não veio ter comigo, que neste momento precisava mais do que ninguém de um abraço forte, de um ombro onde pudesse chorar vezes sem conta, de uma pessoa mesmo não estando a meu lado pessoalmente, mes estivesse a ver de outro sitio qualquer. Estava tão farta de sofrer, derramar lágrimas por pessoas que não precisavam enfim... a carta relatava uma confição para alguém, não sei quem, mas alguém a iria ler.
Lavada em lágrimas fiquei ali a olhar para a carta e a recordar momentos passados... E foi assim, que eu escrevi a minha última carta ao Pai Natal.

Vodka Morango

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Um folha. (;


Gostava de ser uma folha, uma simples folha, de várias cores, castanha, vermelha, amarela verde, de forma regular, comum a muitas outras, mas que marcasse a diferença, pelo seu jeito, pela sua cor, que tivesse alguma coisa que a marcasse como sendo diferente das outras, mas aparentemente igual. Gostava de ser uma folha para poder voar ao sabor do vento naquele maravilhoso e azul do céu, para não ter preocupações, para poder pairar enquanto podia e não perdia as minhas cores, como uma borboleta esvoaça pelos céus com as suas belas cores. Gostava de ser uma folha para poder ver , estar , apreciar tudo quanto pudesse, tudo o que existisse, tudo o que conseguisse naquele tempo que estaria nos ares, poder planar pelos mares, fazendo rasantes a ele, brincando com as ondas, ver o mar como uma imensidão sem fim de água, pura água. Gostava de ser uma folha pois assim não tinha os problemas que hoje tenho, os stresses do dia a dia, gostava de pelo menos um dia conseguir fazer isto. Sinto-me tranquila, em paz e segura quando olho para uma pequena e simples folha. Como eu sonhava em ser uma delas ...
Vodka Morango

sábado, 3 de janeiro de 2009

Antigo, muito antigo. :S

Guardei-te em mim, guardei cada pedaço, cada momento, cada beijo longo e demorado, cada desculpa, cada olhar, cada tudo... Mas, acabou, não dá para lutar mais, já não tenho forças para lutar, para reagir a tudo isto. A minha vida é demasiado importante para andar aqui em guerrinhas e tudo o mias, para te csgr ter. :x A Tua suposta namorada esgutou todas as minhas forças, aquelas que toda a gente acha que são indestrutives, sim ela conseguiu acabar com elas, agora não consigo lutar, saltar os obstáculos, olhar em frente, olhar que te vou ter nos meus braços, sinto-me inútil, ninguém precisa da minha presença, já não tenho nada que me prenda a este mundo insano e de horrores, não tenho alma, não tenho nada dentro do meu corpo, sinto que nada existe cá dentro, dissipou-se tudo. Fui levada pelo vento! Quando abrirem de novo os olhos, depois de um piscar, olharão em vosso redor e não me encontrarão lá, pois uma leve brisa passou por mim, e me arrastou da terra, porque eu era uma pequena e frágil poeira. Sobrevoarei tudo o que possoa existir, pessoas, plantas, animas, objectos, tudo. Escusam de se preocupar mais comigo, porque não voltarei a regressar. Não consigo continuar esta viagem tenebrosa, uma viagem sem fim, sem destino, sem nada a que me possa agarrar, com obstáculos inderrubáveis, pessoas falsas, gente mesquinha, pessoas que estragam a vida às outras. Não tenho aproveitado o tempo que me resta com os meus amigo, tenho-nos afastado de mim. Qualquer dia ficarei sozinha num canto, pois eles fartar-se-ão e deixar-me-ão para trás, sem nenhum remorso. Mas talvez isso não importe, porque fui eu que fiz com que isso acontecesse. Pelos meus actos de loucura, actos de pura estupidez! Acho que não vou conseguir sair mais deste tormento. Odeio-me, odeio a minha vida, sou uma anormalzinha que acha que tem poder para acabar com um amor tão forte. Desculpem aqueles meus verdadeiros amigos, vocês preocupam-se demais com esta rapariga cheia de traumas. :]

Vodka Morango