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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Por dias quentes e cinzentos, encontro-me no fundo de uma garrafa fria. Não sei o que é que ela quer de mim. Mas sinto-me só, muito só. Pelos vistos, nem a garrafa me faz companhia. Mas aaah, como é bom. Como é bom, sentir este doce sabor a escorrer dos meus lábios. Tão divino: quase um néctar dos deuses.
Reparo agora que me cresceu um punhal no coração. Reparo agora que te amo. Mas estou só, muito só. E não tenho forças para tirar o punhal do coração.

Vokda Limão

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Cartas ...

Acreditar no Pai Natal, é uma ilusão, um sonho que os adultos gostam de tornar realidade, mandam as crianças escrever uma carta, a fazer os seus pedidos, dizer que se portaram bem, enfim... Basicamente é confessarem-se ao velhote barbudo, mal sabendo elas, que afinal quem as lê e entrega os presentes não é esse senhor, mas sim os pais, e esses arranjam mil e uma maneiras para não acabarem com a ilusão dos filhos.
Eu fui diferente, eu escrevi na mesma a carta, com o mesmo começo de sempre "Querido Pai Natal" , mas não a entreguei aos meus pais como todos os meninos e meninas faziam, eu queria ser diferente, queria que ele viesse buscá-la, ele próprio, queria ver a sua imagem enfrente aos meus olhos, então escrevi a tal carta, a famosa carta, que me ia levar a ver o gordo barbudo. Eu na tal carta pedia uma casa enorme de bonecas, sonhava ter aquilo, tal como muitas meninas na altura sonhavam ter, pois vivia-mos no famoso mundo "cor-de-rosa". Encostei a carta ao meu pequeno candeeiro, e fiquei com um olhar esperançoso colada nas estrelas, para aquele mas de estrelas, que davam o nome de céu, para talvez ver o Pai Natal, no seu ternó, com as belas renas voadoras, à qual uma delas se destacava por causa do seu nariz vernelho, de nome Rodolfo. Mas nada aparecia, nada via, nadavinha ao encontro da minha carta, nada de nada... Lutei contra o sono e contra o frio, fiquei ali imóvel a noite toda a olhar as estrelas, mas não via nada. Nessa noite fiquei desiludida comigo e com o senhor barbudo. Fiquei tão triste. muito mesmo, porque pensei que era uma criança diferente, apartir dessa noite deixei de acreditar no Pai Natal... Mas mesmo assim, dentro de mim, ainda existia uma infima esperança que aquilo fosse mentira, então encostei a cabeça à almofadda a olhar pela janela a ver aquele maravilhoso céu... Mais uma vez lutei contra o cansaço, mas as histórias que as estrelas me contavam eram tão embaladoras, que eu me deixei levar pelo cansaço e adormeci como uma menina num conto de fadas.
No dia seguinte, estava uma manhã de Inverno, gélida, chuvosa, e imenso vento. vesti uma roupa extremamente quente, botas, cachecol, luvas, gorro, casaco impremiável, mochila às costas e lá fui eu para a escola. Estava ansiosa para que acabasse aquele dia, para chegar a casa e ir ver se ainda era verdade que o Pai Natal existia!
Mal acabaram as aulas, eu fui a correr para casa, corri, corri, corri, mas o caminho parecia não ter fim, era uma imensidão de ruas sem fim, onde me encontrára perdida. Até que de repente olho para o lado e vejo a minha casa. Pensei para mim, até que enfim cheguei, agora posso ir ver se o Pai Natal me trouxe a prenda.
Chego ao meu quarto e apanho uma grande desilusão, toda a esperança que me restava tinha desaparecido com aquela desilusão.
Peguei nos meus headphones, coloquei a música aos altos berros e sentei-me na cama a ouvir música... Assim acabou a felicidade de uma pequena criança.
Hoje, volto a recordar o passado co uma pequena lágrima a cai-me pelo rosto e que me gela a cara.
Mesmo assim voltei a escrever uma outra carta, muito mais elaborada e sem tantos erros ortográficos.
Falava na rasão em porquê que não veio ter comigo, que neste momento precisava mais do que ninguém de um abraço forte, de um ombro onde pudesse chorar vezes sem conta, de uma pessoa mesmo não estando a meu lado pessoalmente, mes estivesse a ver de outro sitio qualquer. Estava tão farta de sofrer, derramar lágrimas por pessoas que não precisavam enfim... a carta relatava uma confição para alguém, não sei quem, mas alguém a iria ler.
Lavada em lágrimas fiquei ali a olhar para a carta e a recordar momentos passados... E foi assim, que eu escrevi a minha última carta ao Pai Natal.

Vodka Morango

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Um folha. (;


Gostava de ser uma folha, uma simples folha, de várias cores, castanha, vermelha, amarela verde, de forma regular, comum a muitas outras, mas que marcasse a diferença, pelo seu jeito, pela sua cor, que tivesse alguma coisa que a marcasse como sendo diferente das outras, mas aparentemente igual. Gostava de ser uma folha para poder voar ao sabor do vento naquele maravilhoso e azul do céu, para não ter preocupações, para poder pairar enquanto podia e não perdia as minhas cores, como uma borboleta esvoaça pelos céus com as suas belas cores. Gostava de ser uma folha para poder ver , estar , apreciar tudo quanto pudesse, tudo o que existisse, tudo o que conseguisse naquele tempo que estaria nos ares, poder planar pelos mares, fazendo rasantes a ele, brincando com as ondas, ver o mar como uma imensidão sem fim de água, pura água. Gostava de ser uma folha pois assim não tinha os problemas que hoje tenho, os stresses do dia a dia, gostava de pelo menos um dia conseguir fazer isto. Sinto-me tranquila, em paz e segura quando olho para uma pequena e simples folha. Como eu sonhava em ser uma delas ...
Vodka Morango

sábado, 3 de janeiro de 2009

Antigo, muito antigo. :S

Guardei-te em mim, guardei cada pedaço, cada momento, cada beijo longo e demorado, cada desculpa, cada olhar, cada tudo... Mas, acabou, não dá para lutar mais, já não tenho forças para lutar, para reagir a tudo isto. A minha vida é demasiado importante para andar aqui em guerrinhas e tudo o mias, para te csgr ter. :x A Tua suposta namorada esgutou todas as minhas forças, aquelas que toda a gente acha que são indestrutives, sim ela conseguiu acabar com elas, agora não consigo lutar, saltar os obstáculos, olhar em frente, olhar que te vou ter nos meus braços, sinto-me inútil, ninguém precisa da minha presença, já não tenho nada que me prenda a este mundo insano e de horrores, não tenho alma, não tenho nada dentro do meu corpo, sinto que nada existe cá dentro, dissipou-se tudo. Fui levada pelo vento! Quando abrirem de novo os olhos, depois de um piscar, olharão em vosso redor e não me encontrarão lá, pois uma leve brisa passou por mim, e me arrastou da terra, porque eu era uma pequena e frágil poeira. Sobrevoarei tudo o que possoa existir, pessoas, plantas, animas, objectos, tudo. Escusam de se preocupar mais comigo, porque não voltarei a regressar. Não consigo continuar esta viagem tenebrosa, uma viagem sem fim, sem destino, sem nada a que me possa agarrar, com obstáculos inderrubáveis, pessoas falsas, gente mesquinha, pessoas que estragam a vida às outras. Não tenho aproveitado o tempo que me resta com os meus amigo, tenho-nos afastado de mim. Qualquer dia ficarei sozinha num canto, pois eles fartar-se-ão e deixar-me-ão para trás, sem nenhum remorso. Mas talvez isso não importe, porque fui eu que fiz com que isso acontecesse. Pelos meus actos de loucura, actos de pura estupidez! Acho que não vou conseguir sair mais deste tormento. Odeio-me, odeio a minha vida, sou uma anormalzinha que acha que tem poder para acabar com um amor tão forte. Desculpem aqueles meus verdadeiros amigos, vocês preocupam-se demais com esta rapariga cheia de traumas. :]

Vodka Morango