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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

C'est la vie


Um dia perceberei porquê que a tua ausência agoniza tanto este meu pobre e fraco coração, que já mal força tem para voltar a palpitar como anteriormente. Sinto um aperto na garganta, é o teu recente veneno. O veneno da saudade, que há já muito tempo permanece dentro de mim e que me vai matando ao longo deste prado enfurecido. Serei novamente tua prisioneira? Ou apenas existe em mim esta trémula saudade porque talvez vá enlouquecer e já não encontre mais nada na minha mente sem ser memórias do passado, nas quais poderei mergulhar e vasculhar sem medo? Perguntas às quais é raro conseguir obter a resposta mais esperada, a resposta que mais anseio por ouvir.
Vodka Morango

domingo, 27 de dezembro de 2009

Um Dia Perceberei


Como se retoma a vida que se tinha anteriormente? Como se continua a viver quando lá no fundo do coração se começa a perceber... Que não se pode voltar atrás? Que existem coisas que o tempo não cura. Algumas feridas são tão profundas que teimarão em perdurar para semrpre. E assim, quanto mais a Tua imagem permanece na minha mente mais sinto a Tua falta, e a ferida ardente persiste em não ter fim, nunca mais. E esta loucura só terminará, com um simples fechar de olhos para a eternidade.
Vodka Morango

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

My Immortal



I'm so tired of being here
Suppressed by all my childish fears
And if you have to leave, I wish that you would just leave
'Cause your presence still lingers here and it won't leave me alone

These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase

When you cried I'd wipe away all of your tears
When you'd scream I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me

You used to captivate me by your resonating light
Now I'm bound by the life you've left behind
Your face it haunts my once pleasant dreams
Your voice it chased away all the sanity in me

These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase

When you cried I'd wipe away all of your tears
When you'd scream I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me

I've tried so hard to tell myself that you're gone
But though you're still with me
I've been alone all along

When you cried I'd wipe away all of your tears
When you'd scream I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me

Vodka Limão

Nunca se esqueçam...


Vodka Limão

Kill Me Again


Mata-me, tira-me deste mundo insano. Já não há mais vida dentro de mim que me prenda aqui, pois tudo foi levado pelas sombrias rajadas do tempo. Só te peço um último favor, mata-me como nunca matas-te ninguém antes, sem dó nem piedade, mata-me com o Teu sorriso, mata-me com as Tuas lágrimas, mata-me com um punhal cravado no meu peito, mata-me com a Tua dor, mata-me com a dor que me proporcionas todas as noites, mata-me como se fosse a última coisa que poderias fazer, mas mata-me sem teres remorsos alguns, mata-me com a raiva que sentes de alguém que jamais gostarias, mas porfavor mata-me e tira-me deste lugar de loucos, deste lugar ao qual eu já não pertenço mais. Um pequeno adeus irá ficar preso nos teus pensamentos e marcará as saudades que te proporcionarei.



Vodka Morango

Última Vez


Agarra a minha última respiração, talvez seja a última coisa minha que possas vir a ter .. Mas promete-me que a agarras com mais força do que agarras-te a nossa amizade, o nosso amor, do que me agarras-te a mim ... Agora já longe de Ti, não te vou procurar mais, apenas vou partir rumo ao destino sem fim ..



Vodka Morango

domingo, 13 de dezembro de 2009

Healing is difficult, believe me.



Cheguei a casa e corri para a casa-de-banho.
Luz. Clareza. Espelho. Reflexo. Verdade.

Senti a minha mão tocar a pele do meu rosto, impávido. Vi, no espelho, uns olhos surpresos e desconhecidos. Apeteceu-me vomitar.
A minha mão tremia enquanto apalpava às cegas a gaveta branca mais próxima, em busca de uma tesoura. Quando os meus dedos trémulos alcançaram o metal frio, já algo lacrimal deslizava sobre a pele do rosto reflectido. O meu.
Agarrei um punho de madeixas e golpeei-o. Vi, sucessivamente, os meus dedos abrirem-se para o chão: caiam fios leves de cabelos, fragmentos de memória.

Parei quando me apercebi que cortar o cabelo ia dilacerar a cortina que me poderia cobrir o rosto (desconhecido), o rosto que queria que fosse desconhecido, o rosto que não queria mais ver. Uma espécie de protecção.

Mudei de táctica.

Atirei tudo o que me deste contra o fundo de uma gaveta, como se faz aos medos. Não quis olhar mais para ela.
Deixei de ouvir aquelas músicas que tu gostavas mas não as apaguei (ouvia-as, por vezes, quando não aguentava mais e me queria aproximar de ti)
Aquela roupa... daquele dia... escondi-a.
Mudei a cor do cabelo, clareei-o, fiz com que os reflexos sobressaíssem.
Escondi o verniz, aquele verniz e os anéis que, naquela altura, ornamentavam as mãos que gostavas de explorar - foram-se.
Mudei de carteira, de calças, de sapatilhas.
Comecei a usar outra maquilhagem, se é que dantes usava, sequer.
Quando pressentia a tua presença (sim, é fácil pressenti-la, só o teu aroma tão característico me acelerava o coração) deixava as madeixas do cabelo cobrirem-me o rosto. Não queria que me olhasses nos olhos.

Não interessava. Só não queria que ainda visses em mim a mesma rapariga que gostaste. Que amaste mesmo quando parecia que mais nada valia a pena.
Era tudo muito bom se realmente fosse capaz de o fazer.
Eu queria mudar para esquecer.
Queria mudar.
O mais incrível é que ia mudando inconscientemente. Não havia data marcada ou plano definido. Foi acontecendo, a dor inconsciente que guardava no peito dava força aos meus movimentos. Se é que mudava.

Desde que não voltasse a deparar-me com algo daquela altura, tanto melhor. Mas era impossível apagar fosse o que fosse mudar radicalmente. Era covarde, limitava-me a esconder as coisas, a fugir do problema em vez de o enfrentar.

Arrancava a mim própria um sorriso, diariamente. Escondia (mais uma vez) a dor.

Talvez, afinal, não quisesse assim tanto mudar. Por que é que não queria? Incógnita.

Quero deixar de apagar esconder memórias.
Já me irreconheço. E a ti, cada vez mais.


Vodka Limão

sábado, 12 de dezembro de 2009

Sombras

Olhando para as passoas com um olhar vazio, corro a pedir ajuda para sair daquele lugar tenebroso, só eu sabia o quanto me custava estar ali, só eu sabia o quanto tinha sofrido para ali estar, só eu sabia.. Mas ninguém me ouvia, ninguém me respondia, estava tudo a tornar-se um mundo de sombras, cobertas de medos.. Nesse instante abro os olhos, deixo que o cigarro acabe e saí do café, como se estivesse a ser perseguida. Chegada à rua fria e escurecida, encosto-me a um canto, todo ele humido, já meia perdida na loucura da vida, desamparada e completamente cansada. Fico ali, encostada o resto da noite, debaixo daquele luar luminoso, contemplando-o, e tentando perceber porquê que tudo era tão difícil.. Acabo por adormecer nos meus próprios pensamentos, eles tambem obscuros, como aquele lugar era..

Vodka Morango

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Just sleep


in DevianArt, by ~rekia


Just close your eyes

Kiss me goodbye
And sleep
Just sleep.
The hardest part is letting go of
your dreams.



(Letra de "Sleep" dos MCR. Embora a música não seja propriamente do meu maior agrado, a letra é... linda)


Vodka Limão