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terça-feira, 27 de julho de 2010

Devaneios Mentais (Parte I)

Numa noite escura e triste vi que estava tudo perdido, o mundo acabado, completamente em ruínas... Aos poucos estava a perder noção das coisas, a noção de que estaria a perder pessoas que realmente eram importantes para mim. Resolvi ir descansar um pouco, pois o dia tinha sido doloroso.
O que se havia passado? Onde me encontrava? Via paredes pretas e uma luz extremamente brilhante ao fundo, uma calma melodia e uns homens assustadores que pronunciavam o meu nome vezes sem conta numa voz cavernosa. Começava a sentir um arrepio de medo, a cor da minha pele tornara-se pálida, as mãos tremiam sem parar, estava completamente gelada.
Parecia que todos os sentimentos que habitavam dentro de mim haviam fugido daquele lugar, estava completamente sozinha e vazia. Num instante a seguir de todos aqueles pensamentos percorrerem a minha frágil mente, apareceu uma menina, toda ela transmitia alegria. Perguntei-lhe que lugar era aquele tão obscuro, ou que caminho estava a levar. A resposta dela não me trouxe nem um pouco de alegria, muito pelo contrário, cravou-me na face uma expressão de horror. A rapariga pronunciou com todas as palavras que era "O caminha para a morte", continuei sem pensar, deixei-me levar, pois se caminha-se para trás certamente não encontraria a saída, por isso, deixei-me ir.
Via as pessoas rirem-se da minha morte, parecia algo surreal, que não estava a acontecer, mas todas elas esboçavam um sorriso bem grande, eles todos parecia tão feliz com tal acontecimento.
Passado um tempo senti-me sozinha, tão sozinha, que nem a minha própria alma me conferia aconchego algum.
Tinha saudades das pessoas que amava, sabia que tinha deixado uma vida por lutar, uma vida onde poderia perfeitamente ser feliz, mas não, preferi ser fraca e desistir, fraca por seguir o caminho mais fácil. Julgava-me tão fraca que nem eu me desculpava por isso.
Acordei, afinal tudo o que se havia passado não tinha sido mais um terrível sonho, um sonho que me abriu os olhos, que me mostrou que tinha uma vida, tinha pessoas que me diziam muito e acima de tudo tinha uma felicidade enorme para conquistar.

Vodka Morango

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