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domingo, 13 de julho de 2008

Ausência

Sei que são raras as vezes que por cá apareço. Desculpem-me por isso. Não que tenha esquecido este espaço. Não, nem por sombras.Apenas tenho fugido um pouco das maluqueiras, não tenho tido gnd inspiração. Mas a verdade é que sinto falta disto, sinto falta das minhas memórias da garrafa e, claro, da minha Vodka Morango. Temos falado pouco, minha Vodka. Tenho saudades das nossas maluqueiras. Prometo não desaparecer mais das Memórias.

Gostava de deixar aqui um vídeo que encontrei no mar de vídeos chamado youtube à uns tempos para cá... Mas o autor desse mesmo vídeo desactivou o código que permite postá-lo. Mesmo assim, não perdem mesmo nada em visitar este link: http://www.youtube.com/watch?v=2pS28HaEZ-I
A música do vídeo chama-se "Moonlight and Vodka" e as imagens retratam esse mesmo tema daí achar um vídeo propício para relatar neste espaço. :)
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Vodka Limão

sábado, 5 de julho de 2008

Antigamente (...)


As areias do tempo não podem ser paradas. Os anos avançam, quer o queiramos ou não… mas podemos recordar. O que se perdeu pode ainda resistir na nossa memória. Aquilo que ouvireis é imperfeito e fragmentado, no entanto, apreciai-o, pois, sem vós, nada disso existe. Dar-vos-ei agora uma memória que já foi esquecida, perdida na penumbra onírica que perdura por trás de nós.
Antes dos pais dos vossos avós terem nascido, e sim, até antes dos pais deles, surgiram os Cavaleiros do Dragão. Proteger e salvaguardar era a sua missão, e por milhares de anos conseguiram-no. A sua mestria em combate era inigualável, pois cada um deles tinha a força de dez homens. Eram imortais, excepto se atacados por espada ou veneno. Apenas para o Bem deveriam ser usados os seus poderes, e sob a sua tutela construíram-se cidades e torres erguidas da pedra viva. Enquanto conseguiram manter a paz, a terra florescida. Foi uma era dourada. Os Elfos eram nossos aliados, os Anões nossos amigos. A riqueza inundava as nossas cidades e os homens prosperavam. Mas… nada disto durou.
Morgriff olhou para baixo, silenciosamente. Uma tristeza infinita ressoava na sua voz.
Embora nenhum inimigo os pudesse destruir, não podiam precaver-se contra eles próprios. E, com o tempo, no pico do seu poderio, um rapaz, de seu nome Xassta, nasceu na província de Aquilad, que já não existe. Aos dez anos foi testado, como era da tradição, e descobriu-se que nele residia um grande poder. Os cavaleiros aceitaram-no como um dos seus.
Passou pelos seus treinos, ultrapassando os outros nas diferentes habilidades. Agraciado com uma inteligência enorme e um corpo robusto, depressa ocupou o seu lugar nas fileiras dos Cavaleiros. Alguns viam a sua ascensão súbita como algo perigoso e avisavam os outros, mas os Cavaleiros tinham-se tornado arrogantes por causa do seu poder e ignoraram os avisos. Enfim, nesse dia nasceu uma grande tristeza.
Aconteceu então que, logo após o seu treino, Xassta fez uma viagem desavisada com dois amigos. Voaram para norte, dia e noite, e acabaram por passar para o território dos Urgals, tolamente pensando que os seus novos poderes os protegiam. Então, num manto espesso de gelo, que não derretia nem durante o Verão, foram surpreendidos enquanto dormiam. Apesar de os seus amigos e os dragões terem sido assassinados e de ele próprio ter ficado gravemente ferido, Xassta chacinou os seus atacantes. Tragicamente, durante a batalha, uma flecha perdida perfurou o coração do seu dragão. Sem arte para o salvar, morreu nos seus braços. E assim se plantaram as sementes da loucura.
Morgriff apertou as mãos e olhou em seu redor muito devagar. Sombras tremiam no seu rosto gasto. As palavras que se seguiram vieram como a toada fúnebre de um concerto.
Sozinho, privado de grande parte das suas forças e já meio enlouquecido com a perda, Xassta vagueou sem esperança por aquela terra desgraçada, em busca da morte. Mas esta não veio ao seu encontro, embora investisse sem medo contra qualquer criatura viva. Em breve, Urgals e outros monstros fugiriam da sua forma de luta assombrada. Durante esse tempo, apercebeu-se de que os Cavaleiros iriam ceder-lhe um outro Dragão. Embalado neste pensamento, deu início a uma árdua viagem, a pé, de volta à Brumívium (floresta onde muita gente tinha medo de lá ir). O território, que tinha sobrevoado sem qualquer esforço no dorço dum dragão demorava agora meses a atravessar. Podia caçar com magia, mas passava frequentemente por lugares onde não se viam antes. Assim, quando os seus pés abandonaram finalmente as montanhas, estava à beira da morte. Um camponês encontrou-o caído na lama e convocou os Cavaleiros.
Inconsciente, foi levado para a base deles, onde o seu corpo foi curado. Dormiu durante quatro dias. Ao acordar, não deu sinais de delírio febril. Quando foi levado a conselho para o julgarem, Xassta exigiu um outro dragão. O desespero do seu pedido revelou o grau da sua demência, e o conselho viu-o tal como era. Vendo negada a sua esperança, Xassta, através do retorcido espelho da sua loucura, convenceu-se de que a culpa da morte dos dragões era dos Cavaleiros. Noite após noite, cismou nessa crença e congeminou um plano de vingança.
As palavras de Morgriff desceram de tom até começar a falar num sussurro hipnótico.
Encontrou um Cavaleiro mais compassivo, em quem as suas palavras traiçoeiras deram frutos. Desenvolvendo insistentemente raciocínios astutos, e com a ajuda de segredos obscuros que um Espectro lhe ensinara, inflamou o Cavaleiro contra os anciãos. Juntos, atraíram traiçoeiramente e depois mataram um ancião. Depois de o terrível acto ter sido cometido, Xassta virou-se contra o seu aliado, assassinando-o sem aviso. Os Cavaleiros encontraram-no, então, com sangue a pingar das suas mãos. Um grito rasgou os seus lábios e fugiu na noite. Estranhamente lúcido na sua loucura, não o conseguiram encontrar.
Durante anos, escondeu-se em terras de ninguém, como um animal em fuga, sempre atento a perseguições. A sua atrocidade não foi nunca esquecida, mas, ao fim de algum tempo, as buscas pararam. Então, graças a uma qualquer má sorte, conheceu um jovem Cavaleiro, Aran, forte de corpo, mas fraco de mente. Xassta convenceu Aran a deixar aberto um portão da cidade Névila, que hoje se chama Nielirian. Entrou por esse portão e roubou uma cria de dragão recém-nascida.
Ele e o seu novo discípulo esconderam-se num local maldito, onde os Cavaleiros não se atreviam a entrar. Ali, Aran iniciou-se numa pérfida aprendizagem, aprendendo segredos e magias proibidas, que nunca deveriam ter sido reveladas. Quando o seu treino terminou e o dragão de Xassta, Édinmentor, estava já crescido, Xassta revelou-se ao mundo, com Aran ao seu lado, Juntos, enfrentavam qualquer Cavaleiro que encontrassem. A cada matança, a sua força crescia. Doze dos Cavaleiros juntaram-se a Xassta, por desejo de poder e vingança contra factos que achavam estar errados. Esses doze, juntamente com Aran, tornaram-se os Treze Renegados. Os Cavaleiros não estavam preparados e foram derrubados no massacre. Também os elfos lutaram amargamente contra Xassta, mas foram derrotados e forçados a fugir para os seus locais secretos, donde não saíram mais.
Apenas Caspian, líder dos Cavaleiros, conseguiu resistir a Xassta e aos Renegados. Antigo e sábio, lutou para salvar o que pudesse e evitar que os restantes dragões caíssem nas mãos dos seus inimigos. Na última batalha, perante os portões de Caladmiron, Caspian derrotou Xassta, mas hesitou no golpe final. Xassta aproveitou o momento e golpeou-o de lado. Gravemente ferido, Caspian fugiu da Montanha Éutel, onde esperava conseguir recuperar as suas forças. Mas não estava destinado a acontecer, pois Xassta pontapeou Caspian nas virilhas. Com aquele golpe baixo, ganhou vantagem sobre Caspian e decepou-lhe a cabeça com um golpe de espada.
Então, sentindo um poder a percorre-lhe as veias, Xassta ungiu-se e fez-se rei de toda a cidade Thror.
E desde então tem sido sempre o nosso rei.

Livro: Eragon
Todos os nomes foram mudados.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

"Legonon"


Legonon, sobre o que se passou na tua cabeça, tu quises-te falar com os mortos. O teu estilo de vida parecia-me tão dramático. Com a emoção de tudo, tu deixas enganar todas as pessoas com magia, Tu esperas-te pela chamada de satanás.

Vodka Morango