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domingo, 7 de março de 2021

Prisão

Que prisão tão perfeita. Como são divinas as suas paredes negras, como é acolhedor e encantador este cheiro a podre e sacrifício. Como é quente esta chama que, diminuta, arde dentro de mim, encontrando-se quase extinta. Como é vazio este meu olhar, que outrora fora cheio. Como é perfeito este girar de agonias e contradições, e que boa é esta demência que se instala em redor.  


Vodka Morango

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