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sábado, 31 de julho de 2010

Tu regressas


Tu regressas, todos os dias. Há muito que construo uma imagem irreal, tua. Eu já nem sei quem tu és. Tão menos sei quem fui contigo. Vá, ao menos traz-me essas palavras não-tuas. Concede-me a tua voz, por um bocadinho. Há tanto tempo que não a sinto.

Vodka Limão
hoje, a vodka morango, enquanto pedia um mcflurry para ela, viu, por acaso, a vodka limão mesmo a seu lado, a pedir a tabela nutricional dos produtos do mcdonald's e foi um momento... hilariante.

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Navegante da Lua !

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Vês a minha mão a voar contra a tua cara?

Vai-te lixar, que és um egoísta que me lancetaste o coração. E deixaste a nossa ligação ir escorrendo dele e eu a sufocar a cada dia que deixavas para trás. Eu sentia a nossa amizade despedaçar-se na tua mão e o sufoco era maior quando me lembrava do teu contentamento em contraste com o corte húmido que deixaste no meu peito. Facilmente tratei do sufoco. Pouco de ti já me lembrava. Mas o corte, embora já pequeno, continuava lá, no seu esconderijo matreiro. Lá fiquei em paz, sem ti. E agora descubro que afinal esse teu aparente bem-estar não correspondia assim tanto à realidade e tu, no entanto, guardavas-te para ti próprio e interpretavas o teu papel de teatro do mundo feliz. Foi por mim, dizes tu, for por mim que me afastei. Nunca, meu ignóbil, alguma vez pensaste em quem alguma vez tocaste na vida e em quem cativaste? Nunca, no mundo que gira à tua volta, te lembraste dos que deixaste para trás?
Sabes, agora por mim digo-te: vai para o caralho que te foda e deixa-me em paz.

Vodka Limão
(este é um texto que se dirige a um destinatário completamente diferente dos textos anteriores e, espero, dos textos seguintes. um texto que surgiu por acaso, um pequeno à parte)

Devaneios Mentais (Parte II)

Jean tinha acabado de saber que tinha um simples dia de vida, estava tanto assustada como sozinha.. Mas por outro lado feliz, porque sabia que uma simples doença tinha acabado com a vida de sofrimento dela.
Resolveu ir à praia, ver o pôr-do-sol, ouvir as gaivotas, o ribombar das ondas. Era aquele sítio que procurava sempre que estava em baixo, como sempre sozinha. Considerava-a uma das suas melhores amigas.
Naquele momento Jean precisava de um ombro amigo, de uma palavra, nem que fosse de uma pequena palavra, de um abraço ou uma lágrima. Mas não, parecia que tudo era mais importante do que o que ela estava a passar naquele momento (...)
Mas ia sentir tanta falta das pessoas que mais gostava. Então, decidiu escrever uma carta de despedida.. Podia não ser significante para ninguém, mas amava-os a todos, eram os seus melhores amigos.

"Não me estou a imaginar sem todos vocês, foram, são e sempre serão importantes para mim, tornaram-se os meus melhores amigos, os que me fizeram sorrir, o que me apoiaram..
Como irá ser daqui para a frente? O sol escurecerá, o céu azul e brilhante tornar-se-à cinzento e triste. Os meus olhos irão fechar-se para a vida, o meu coração vai parar de palpitar, o meu sorriso vai morrer.
O escuro, as paredes e a tristeza vão tornar-se os meus melhores amigos, porque sem vocês eu não sou nada, está a ser tão difícil, tão agonizante. As lágrimas escorrem-me cara abaixo e a única coisa que consigo pronunciar é "Gosto muito de vocês".
Não me deixem, voltem, preciso tanto de vocês neste momento, vocês foram a melhor coisa que me aconteceu estes últimos tempos.
A ti Paul, não vou deixar palavras bonitas, tu sabes o que és para mim, o quanto significas para mim. Quero que saibas que só te quero ver bem e feliz. Amo-te de uma maneira especial, doce e ternurenta.
Cada uma à sua maneira construiu o seu castelo no meu coração, tornaram-se mais que importantes para mim... Amo-vos do fundo do meu ser, amo-vos mais do que me amo a mim própria. Quando se lembrarem do passado, lembrem-se de mim.

Jean"

Passaram-se horas afim, Jean começou a ver tudo à roda, já não sentia o seu corpo. Estava na hora da partida, nada podia fazer para viver. Foi esse o seu fim, o seu triste fim.
A última palavra que se soltou da sua boca foi "Adeus".

Vodka Morango

"I give you all my oxygen so let the flames begin"


E quando recomeçam? O oxigénio está a cessar, a cada dia cinzento que deixas passar sem te lembrares do meu nome. Já nem sei o que é este fogo interior que está a consumir o meu ventre. Raios para ti.
Vodka Limão

terça-feira, 27 de julho de 2010

Devaneios Mentais (Parte I)

Numa noite escura e triste vi que estava tudo perdido, o mundo acabado, completamente em ruínas... Aos poucos estava a perder noção das coisas, a noção de que estaria a perder pessoas que realmente eram importantes para mim. Resolvi ir descansar um pouco, pois o dia tinha sido doloroso.
O que se havia passado? Onde me encontrava? Via paredes pretas e uma luz extremamente brilhante ao fundo, uma calma melodia e uns homens assustadores que pronunciavam o meu nome vezes sem conta numa voz cavernosa. Começava a sentir um arrepio de medo, a cor da minha pele tornara-se pálida, as mãos tremiam sem parar, estava completamente gelada.
Parecia que todos os sentimentos que habitavam dentro de mim haviam fugido daquele lugar, estava completamente sozinha e vazia. Num instante a seguir de todos aqueles pensamentos percorrerem a minha frágil mente, apareceu uma menina, toda ela transmitia alegria. Perguntei-lhe que lugar era aquele tão obscuro, ou que caminho estava a levar. A resposta dela não me trouxe nem um pouco de alegria, muito pelo contrário, cravou-me na face uma expressão de horror. A rapariga pronunciou com todas as palavras que era "O caminha para a morte", continuei sem pensar, deixei-me levar, pois se caminha-se para trás certamente não encontraria a saída, por isso, deixei-me ir.
Via as pessoas rirem-se da minha morte, parecia algo surreal, que não estava a acontecer, mas todas elas esboçavam um sorriso bem grande, eles todos parecia tão feliz com tal acontecimento.
Passado um tempo senti-me sozinha, tão sozinha, que nem a minha própria alma me conferia aconchego algum.
Tinha saudades das pessoas que amava, sabia que tinha deixado uma vida por lutar, uma vida onde poderia perfeitamente ser feliz, mas não, preferi ser fraca e desistir, fraca por seguir o caminho mais fácil. Julgava-me tão fraca que nem eu me desculpava por isso.
Acordei, afinal tudo o que se havia passado não tinha sido mais um terrível sonho, um sonho que me abriu os olhos, que me mostrou que tinha uma vida, tinha pessoas que me diziam muito e acima de tudo tinha uma felicidade enorme para conquistar.

Vodka Morango

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Danças e... contradanças.


És tu que me moves o vestido sobre o corpo. Rodopias-me pelo salão de marfim e a música entranha-se em nós como água que, lentamente, corrói a sede. Trazes-me essa dança hipnótica e escondes-te por detrás da máscara. Espera, somos os dois. Somos os dois que nos escondemos por detrás das feéricas máscaras.
Tem de ser mais do que um simples reencontro nosso. Pergunto-me porque ainda o permito. Teria bastado o coração despedaçado a que viraste as costas à largos anos... e, agora, trazes-me uma dança? Como não consegui resistir à tua cruel indecisão de regressar?
Percorro o teu olhar derretido. Estás de volta. És tu. És tu e o teu remorso.
Mas, por momentos, algo desponta na profusão dos meus cabelos. Dor? Há uma dor que cerca a minha mente. Os meus dedos escorregam pelo tecido do teu fato, os joelhos cedem à escuridão. As pálpebras, por fim, unem-se. Tu seguras-me no teu regaço. Manténs os olhos fixos no gelo do meu rosto e algo de um sentimento intenso desliza no teu rosto e cai em forma de lágrima sobre o meu coração inconsciente.
E agora, quando começa a contradança?
Vodka Limão

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Teatro

Arranquei a máscara, arranquei o vestido, parei com a peça de teatro em que faziamos de actores principais, e caminhei para bem longe daquele lugar, que só me trazia recordações tuas, para que pudesse recomeçar outra peça com alguém que me merecesse de verdade. Um dia irás assistir às minhas peças e às transformações que nelas existem, e talvez aí darás valor às que escrevemos e ensena-mos juntos. Mas no fim lembra-te, nunca mais voltarei para ti, fazes parte dum passado bem enterrado, e neste momentos tenho a pessoa que me faz sentir viva e extremamente feliz a meu lado!


Vodka Mornango

domingo, 18 de julho de 2010

F-R-A-C-A !

(...) E quando a dor é o sentimento mais forte que corroi a alma, quando somos totalmente asfixiados por esse doce veneno, que é a mágoa, já nada nos consegue ajudar. Sinto o meu coração a bater a mil à hora, sinto a minha ofegante respiração, sinto as minhas pernas a tremer de tanto peso que transportam. Acho que chegou a hora de desistir, não estou preparada para outra longa e cansativa caminhada, tal qual esta tem sido.. Peço desculpa a todos por desistir, mas por muito que procure, infelizmente, não vejo outra solução viável.


Vodka Morango

sexta-feira, 9 de julho de 2010

R.

They come and go. You came and stayed.

I want you to stay by my side forever.
I trust you, I know you trust me too.
I Love You.
(L)


Vodka Morango

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Liberta a Tua Alma

Não tenhas medo de exprimir aquilo que te vai na alma. Liberta-te, faz-te mostrar aos outros que és capaz de ser diferente! Há sentimentos que não se consegue guardar, e temos mesmo de explodir, se fores um caso desses, explode e escreve o que te fizer sentir melhor, uma pessoa mudada.

Vodka Morango

sábado, 3 de julho de 2010

Agarra-me, prende-me, faz-me ficar


Vem arrancar-me o coração e leva-lo contigo, para bem longe.. Leva-o, é todo teu!
Assim, terei a certeza de que estarei sempre a teu lado. És o seu dono, agora podes fazer dele o que te passar na cabeça. Amarra-o ao teu, junta os dois para ficarem um só. Qualquer que seja a escolha, sei que será a escolha mais acertada, eu confio em ti. Sela este sentimento com correntes, cordas, mas sela-o bem, não o deixes escapar por entre os teus dedos, como água que escorre duma catarata. Se sentires que está a fugir volta a agarra-lo, volta a amarra-lo ainda com mais força do que fizeste da primeira vez. Mantém-no bem junto a ti, eu prometo que farei o mesmo!
Amo-te.

Vodka Morango